segunda-feira, 30 de setembro de 2013

INCÊNDIO NA CASA PATRÃO

Casa Patrão

Do livro: "CAMPOS DEPOIS DO CENTENÁRIO" - Vol. 2
(Waldir Carvalho)

   A 18 de setembro de 1961, a Casa Patrão, situada na Av. Sete de Setembro, nas proximidades de A NORMALISTA, amanhecia devorada por um incêndio de grandes proporções.
   O fogo ameaçou todo o quarteirão formado por prédios antigos e construídos à base de muita madeira. O Corpo de Bombeiros, a Polícia Militar e contingentes enviados pelas usinas de açúcar, lutaram durante muitas horas. A causa do incêndio era ignorada. As casas comerciais vizinhas tiveram que ser desocupadas rapidamente: Restaurante Monte Líbano, Charutaria Esporte, Relojoaria Granato e A Normalista (esta a mais prejudicada). Toda a Casa Patrão desapareceu nas chamas. O máximo que foi possível fazer foi impedir que o fogo invadisse todo o quarteirão. O proprietário do tradicional estabelecimento comercial, Sr. Gonçalo Patrão, informou que a casa estava no seguro, mas abaixo do valor real. O prejuízo foi inevitável.


**********


FUTEBOL DE CADEIA



Do livro: "CAMPOS DEPOIS DO CENTENÁRIO" - Vol. 2
(Waldir Carvalho)


FUTEBOL DE CADEIA

   Detentos da Cadeia Pública, situada no bairro da Coroa, em 22 de fevereiro de 1957, ganharam para exercícios diários um campo de futebol ao lado da prisão. A ideia praticada em Campos coincidia com o pensamento do Sr. Secretário de Justiça da época: Dr. Romero Neto.
   Na manhã da data acima, os presos da Cadeia realizaram o seu primeiro jogo. Foram prestigiados por uma grande assistência de curiosos, que assistiram o encontro de fora das grades, da rua.

**********


domingo, 29 de setembro de 2013

ESTAÇÃO DA AVENIDA - UM MONUMENTO DESTRUÍDO

Estação Avenida

Do livro: "CAMPOS DEPOIS DO CENTENÁRIO" - Vol. 2.
(Waldir Carvalho)


   Em junho de 1951, a antiga "Estação da Avenida", ponto de embarque e desembarque diário de passageiros dos trens da Leopoldina, com destino a Atafona e Santo Amaro, deixou de funcionar.
   O fechar de suas portas foi como uma nuvem negra impedindo a luz do luar, naquele 31 de maio de 1952, que assinala a sua paralisação definitiva.
   A construção do curioso prédio em forma de arco, que ficava no antigo Passeio Municipal, bem em frente à então Rua das Palmeiras, data do século passado (o volume 2 foi editado em 1995).
   Sua inauguração, que foi um ato festivo, ocorreu no dia 10 de outubro de 1889. De um lado ficava a sala do Agente e telegrafistas, do outro, o armazém para as cargas recebidas e despachadas.
   Durante a primeira gestão do Dr. José Alves de Azevedo como Prefeito de Campos, já não havendo mais o prédio utilizado, a velha estação, que havia prestado relevantes serviços durante 62 anos, foi destruída.
   Para sermos precisos, a derrubada teve início no dia 14 de setembro de 1952, o término se deu em 30 de novembro de 1953.
   Pena que aquela construção singular, espécie de pavilhão de feira de amostra não tenha permanecido como os arcos da Lapa no Rio de Janeiro, assinalando uma fase de progresso para Campos! Que fazer? Até o Teatro Trianon não teve outro destino!

Este blogueiro comenta:
- De acordo com o autor, a Estação e o Teatro tiveram um só destino: a destruição. Mas, infelizmente, vários outros prédios históricos, praças e jardins, também desapareceram. Antigos e novos dirigentes da cidade, nunca perceberam que esta destruição é ruim para o turismo e um crime contra o patrimônio histórico de Campos.

**********


“SKETS" PARA A RÁDIO CULTURA DE CAMPOS

                                                  Os intérpretes de suas criações literárias.

   Em papéis de seda datilografados pelo autor (já  amarelados pelo tempo) encontrei  alguns (dos tantos) “Skets” radiofônicos tais como: “A Escola do Catete”; "Dr. Mata A.Machado”; “O noivado de D. Esperança”; “ Nogueira , o Avarento” ; "Napoleão, o Valentão”;  “O Galã e sua Fã” ; "Teatro de Bolso”; “Hotel da Fuzarca”; “Conversa de Boulevard”...
   Tanto estes títulos como outros do mesmo porte, correspondiam à programas humorísticos com dias e horários alternados e com situações diferentes que davam graça aos respectivos quadros.
   Reproduzo, então, do "Conversas de Boulevard" várias introduções do referido quadro:

   Começava sempre com a fala exultante de um repórter de rua:

   - "Atenção! Atenção! Estamos na rua...na rua é modo de falar. Nós estamos no Boulevard. Boulevard, testemunha ocular, de riqueza e de miséria; rua do homem em pé, que já não se senta no café e aí faz  pilhéria.
   Boulevard da fofoca, por onde passa a dondoca, causando sensação, espécie de Tribunal,da chata Inquisição"...

   - "Cá estamos na homelândia ou fofocolândia, onde a vida é o prato do dia; onde não se cuida do trabalho e sim de meter o malho, na mais perfeita covardia. Boulevard Paula Carneiro, do operário e do usineiro"...  

- "No Boulevard  onde se pede esmola, o dinheiro rola, no cofre de toda casa bancária; banco do rico banqueiro, do caixa também "banqueiro", mas de boa secretária"...

"Há o cliente apressado ,o bancário mau humorado, sem nenhuma compostura; mas se aparece à sua frente, um cara forte e diferente, a coisa muda de figura"...

-"Na rua a covardia, se defronta com a valentia, do cara que é machão; tipo quente feito brasa, desafora não leva pra casa mais se vale do "Orelhão"...

- "Aqui no meio do povo, há sempre assunto novo e a prosa é muito boa; a gente escuta problema, descobre cada dilema de empregada e patroa"...

Assim seguido aos mais variados começos (exemplifiquei com alguns!) davam início os diálogos da s"Conversas de Boulevard"... 

                                                           *      *      *    

Encontrei, também, a seguinte nota do autor:

"O relativo sucesso feito na época (década de 50) o autor sempre dividiu com os intérpretes, que sempre deram tudo no desempenho dos vários tipos que encarnaram, merecendo as palmas da frequente presença de público de Campos."

sábado, 28 de setembro de 2013

UMA ENTREVISTA COM WALDIR CARVALHO


                                                                       
Foto: Paulo Sérgio

    Fragmentos da entrevista do jornalista Gustavo Rangel para a matéria "Literatura dedicada à vida campista" (Folha da Manhã - 17 de maio de 2001):

    Pense, sem muita pressa, na sábia frase de Waldir Carvalho, que contém muita verdade: "O livro é o mestre que nos corrige sem nos constranger".
    Apaixonado pela literatura,assim o escritor campista dá o exemplo para os mais jovens acerca do ofício da escrita e embarca em mais uma empreitada: o terceiro volume de "Gente que é Nome de Rua".
    E segue o jornalista: Waldir ainda não tem definido o número de exemplares de sua nova publicação que circulará pelas livrarias (já que banca sua própria obra).
    A intenção do autor é ir publicando de acordo com a vendagem...

    E assim se expressou com ares saudosistas: "Sinto falta na cidade dos antigos vendedores de livros, que iam de porta em porta vendendo as publicações" e acrescenta: "Os melhores livros que comprei vieram das mãos desses profissionais(...) É uma forma muito inteligente de se conseguir vender para leitores preguiçosos..."

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

WILSON BATISTA

       
Do livro: "Gente que é Nome de Rua" - Vol. 2
(Waldir Carvalho)

WILSON BATISTA

    Nasceu em Campos no dia 3 de julho de 1913.
    Estudou na Escola de Aprendizes Artífices, onde aprendeu a profissão de marceneiro.
    Foi levado pelo tio Ovídio Batista para aulas na Sociedade Musical Lira de Apolo. Desta forma, Wilson gostou do ambiente e fez sua estreia como músico tocando triângulo.
    Na década de 30, o pai resolve transferir-se com a família para a Capital da República.
    Uma vez no Rio de Janeiro, Wilson Batista foi até a Light e conseguiu a ocupação de acendedor de lampiões a gás pelas ruas.
    Em determinado dia deixou o emprego e foi bater no Teatro Recreio, na Praça Tiradentes. Arranjou trabalho: foi ser eletricista e ajudante de contra regra. Talvez houvesse até um lugar pra ele no palco. Nem chegou a pensar nisso. O seu caso era a música.
    1929. Wilson Batista (16 anos) tem prontos seus primeiros sambas. O primeiro deles “Na estrada da Vida”, que foi interpretado no teatro pela mais famosa cantora da época- Araci Cortes.
    Sua primeira gravação em discos ocorreu em 14 de novembro de 1932 na RCA Victor com o samba “Por favor, vai embora” com parceria de Benedito Lacerda e Osvaldo Silva.
    Consta que por vários anos ele sobreviveu em meio ao reduto dos sambistas (chamados de malandros): Lapa, Praça Tiradentes e na “esquina do pecado” junto ao Carlos Gomes ,de onde surgiu seu samba: “ Lenço no pescoço”(onde exalta os desocupados)gravado por Sílvio Caldas.
    Acontece que Noel Rosa, resolveu contestar aquela exaltação à vadiagem e o fez com o samba “Rapaz folgado”. Era o início de uma polêmica que faria história na música popular...
    De lá pra cá a produção de Wilson Batista foi impressionante. Teve como parceiros nada menos de 70 aficionados da nossa música.
   Afortunado compositor! Pobre Wilson Batista! A boemia levou todo ouro que conseguiu garimpar! Morreu no Pronto Socorro do Hospital Souza Aguiar, no Rio de Janeiro no dia 7 de julho de 1968


     *RUA WILSON BATISTA: Parque Aldeia/Guarus.

     Nota da blogueira: Por se tratar de vasta biografia feita pelo autor (4 páginas) fiz um resumo (usando - claro - as palavras contidas na obra) .

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

A HISTÓRIA DAS EXPOSIÇÕES AGROPECUÁRIAS DE CAMPOS



Do livro: "Campos depois do Centenário"- Vol.1
(Waldir Carvalho)

     “1937! No dia 12 de junho, um grupo de homens ligados, sobretudo, a área da criação de gado, se reunia para  estudar a possibilidade de ser realizar uma amostra com o título de PRIMEIRA EXPOSIÇÃO PECUÁRIA DE CAMPOS.
     Por meio de uma aclamação foi formada a comissão encarregada do assunto tão relevante para a divulgação do que se produz em nosso município.
     Dr. Jose Sobral Pinto, sugeriu que seria mais apropriado que o titulo do futuro evento fosse “1ª Exposição Agro-Pecuária de Campos”, o que foi aprovado.
     Assim ficou assentado que a primeira Exposição Agro-Pecuária de Campos, seria levantada a efeito em Maio de 1938.”

AFETO DE ESCRITOR PARA ESCRITOR


     Recebi este afetuoso e-mail do escritor José Gurgel dos Santos sobre o blog (o que nos estimula a seguir em frente).


Minha cara Walnize,

     Depois de anos de convívio com a Internet, raras vezes tive a oportunidade de me empolgar com o advento de uma página tão marcante como a que você acaba de criar para homenagear o seu pai, WALDIR CARVALHO
     Numa terra, onde a regra é, quase sempre, se empolgar com o fácil, o fútil, numa lastimável troca de favores, e a exceção fica por conta do saber, da seriedade, da honestidade, toda homenagem a esse fantástico escritor torna-se bemvinda! O Dr. Waldir, todos sabemos, foi um homem íntegro, que lutou desde cedo para ganhar o seu pão e, aproveitando o talento para as letras, utilizou-as desde cedo para homenagear a sua querida Campos, especialmente a sua Baixada, através de   contos, crônicas, trovas, teatro e da história da cidade. O pai dedicado, o cidadão responsável, foi fazer faculdade já em idade já avançada, como mais uma opção profissional. 
     Não vou falar da sua obra literária porque isto, o blog criado pela escritora Walnize Carvalho (junto ao pesquisador João Pimentel) promete fazê-lo muito bem, inclusive com detalhes inerentes à sua vida de escritor. Prefiro, numa época de tantos desenganos que estamos vivendo, elogiar as suas qualidades humanas, desejando sucesso a vocês, na nobre empreitada a que se propõem: manter viva a memória de um talentoso escritor, de um grande cidadão!
                                                                                                                PARABÉNS!


quarta-feira, 25 de setembro de 2013

CIDADE ALEGRE


Do livro "O Espetáculo"
(Waldir Carvalho)

Introdução do autor:

     (...) e foi observando as pessoas,prestando atenção no comportamento delas,que encontrei assunto para escrever um punhado de crônicas humoradas,que após passarem pelas páginas dos jornais campistas,aqui vão reunidas.São cenas as mais variadas,sob dose de fantasia,vivida na terra dos"Goitacás",mas que podiam ter como cenários outras bandas deste mundo.
E atenção porque já tocou o terceiro sinal e as cortinas vão se abrir."

  CIDADE ALEGRE

                                                      

     Campos, na verdade, não é uma comunidade triste, mas já foi uma cidade alegre. Vivia, desde o amanhecer até as primeiras horas da noite, embalada por canções festivas, cantorias simples, de gente simples que tanto exaltavam a alma da gente.
     Os pregões, em primeiro lugar, faziam das horas duras de labuta, momentos amenos de uma festa espontânea. Ali pelas nove da manhã ou pelas três da tarde, o poeta-vendedor passava entoando:

“Empadeiro...
Empadeiro Amazonas
Tem palmito,
camarão, azeitonas”...

     Era a década de trinta. A novidade era o sorvete em casquinhas. Com seu barrilzinho à cabeça e no vozeirão de seu peito o atlético “Arraia” descia a Rua da Constituição a fora gritando:

“Sorvete Iaiá!...
É da Americaná!...”

     Era outras coisas, era época da reva nas mãos de Brindila. Brindila? Sim, aquele poeta e cantor de ópera que italiano de nascimento, sempre confessou sua tristeza de não ter nascido em Campos. Brindila é assunto para uma conferência e não sou eu o mais indicado para pronunciá-la.
Permitam-me, apenas, recordá-lo num desses momentos musicais da cidade que não se repetirão jamais. A cena tinha como figura principal, Brindila fazendo “reclame”, lançando pelas ruas, um grande filme num dos melhores cinemas campista.
     Tarde quente. Todos trabalham ou estudam. De repente, muita música e grande vozerio. Portas e janelas se enchem para ver o luxuoso cortejo em estilo oriental, árabe, por excelência. É uma encenação perfeita de um quadro qualquer das célebres “Mil e Uma Noites”.
     A caravana é imensa. Animais, escravos, odaliscas e o colorido retratam a presença do oriente. O som das trombetas anuncia a passagem do poderoso Ali Babá e seus 40 ladrões.
Montado num jumento enfeitado, entre arcas douradas, está Brindila vivendo o papel do legendário sultão. Com o auxílio de um porta-voz, ele canta uma marchinha que diz:

“Ali Ali Babá
Ali Babá e seus 40 ladrões
Entraram em Campos Iaiá,
No Trianon Iaiá
Pra alegrar os tristes corações”

     Campos, não é triste, mas foi uma cidade muito alegre. E a música de hoje? Descargas abertas, dos carros envenenados, dos caminhões trucados, das motos disparadas.
     Paciência!


                                            

terça-feira, 24 de setembro de 2013

CRÔNICA - POEMA

LUA CHEIA EM SÃO THOMÉ
(Waldir Carvalho)

        Findou-se a tarde em companhia do sol que caiu cansado nos braços da serra do Itaóca. A pálpebra da noite desce irresistivelmente sobre a nossa cabeça.
     Tudo indica que o manto escuro que nos envolve, impedirá até mesmo que haja a luz das estrelas.
Da quietude da varanda, ouve-se o canto das ondas lá do mar, o ambiente é de paz em nossa volta. Há um pouco de tristeza sem motivo a nos invadir o pensamento.  
      Mas, os instantes que se seguem, são prenúncio de uma alegria incomum: somos, então, atraídos para o horizonte na direção do nascente.
     A iluminação indireta que se projeta do fundo das águas, embeleza com requinte o proscênio do palco, onde a natureza, em pouco irá representar.
     Não há no espaço nuvens privilegiadas a serem banhadas de prata em primeiro lugar. Só o azul do céu serve de prisma e é capaz de traduzir o esplendor que não tarda.
     Silêncio. O momento é místico e a cena sagrada.  O mar, o vento, tudo se curva com reverência ante o grande altar. Por trás do imenso cálice que se transborda cá na areia, eleva-se a grande hóstia para a comunhão das criaturas. Nossa alma, nesse momento de contrição, se faz em prece.
     Não custa nada orar pelos homens que podem  promover a paz. Vale a pela convencê-los a amar uns aos outros. Provando que o amor é a única força capaz de garantir a felicidade do mundo, a lua cheia que segue a sua jornada por entre os astros do firmamento, vai derramando, fraternamente, sua luz bendita sobre justos e injustos,sobre crentes e ateus, sobre árabes e judeus, na esperança, talvez, de que um dia a paz seja, também, de todos — Universal.


segunda-feira, 23 de setembro de 2013

REMODELAÇÃO DA PRAÇA SÃO SALVADOR

Do livro "Campos depois do Centenário" - Vol. 1
(Waldir Carvalho)

1943!

     “Nesse ano, o dinâmico prefeito do município de Campos e amigo da cidade, fez substituir o poeirento saibro da Praça do Santíssimo Salvador, pela beleza ornamental das “pedrinhas portuguesas”. É bom lembrar que já por ocasião das grandes festas do Centenário da cidade, quando tudo estava sendo realizado no sentido de mudar para melhor o aspecto desta comunidade, as “pedras portuguesas” só se tornavam inviáveis porque o orçamento apresentado pelos responsáveis pela sua colocação, no valor de 35 conto de reis era bastante elevado para a Municipalidade. 
     Mas, em 1943, oito anos mais tarde, o prefeito Dr. Salo Brand que planejou e executou grande parte do “Parque Alberto Sampaio” levou a efeito a necessária remodelação da praça São Salvador, revestido-a com o “Mosaico Português”. A obra foi executada com o cuidado necessário de deixar preservadas três grandes arvores ali existentes –pau ferro- que só vieram a ser retiradas muitos anos mais tardes. Uma firma construtora do Rio de Janeiro, a mesma que fizera o calçadão de Copacabana, foi a encarregada da pavimentação da praça principal da cidade. Sobre o custo da obra, podemos dizer que as pedrinhas,foram colocadas a 50 cruzeiros -antigos- o metro quadrado, num total de Cr$ 210.353,90 (duzentos e dez mil trezentos e cinqüenta e três cruzeiros e novamente centavos), antigos. Finalmente, podemos informar com segurança que a PEDRA PRETA veio do município de Niterói e a PEDRA BRANCA, procedeu de Sete Lagoas, Estado de Minas Gerais .” 



sábado, 21 de setembro de 2013

"NA TERRA DOS HERÉOS"




     Folheando a obra "Na Terra dos Heréos" - Waldir Carvalho -  (são três volumes) deparo com as palavras do escritor da Baixada:  “as pequenas estórias e algumas coisas levadas a sério nestes livros podem ser aumentadas, mas não inventadas. Embora contadas à nossa maneira não deixam de ser História.
     Ocorreram na Terra dos Heréos , antigo apelido da Capitania de São Tomé.
  Os heréos eram os célebres Sete Capitães (e seus descendentes) aqueles homens que receberam a Capitania de São Tomé após serviços prestados à Coroa Portuguesa e que conseguiram dar início a colonização...”
    
     A seguir, uma das histórias extraída do livro “Na Terra dos Heréos”- volume 2. 
     O título é : Assombrações

    “No meu tempo de menino, lá na Baixada, contavam-se histórias fantásticas, sem dúvida inventadas por mentes supersticiosas. Uma delas, por exemplo, dava conta da passagem pelo adro de Santo Amaro, por volta da meia noite de uma carroça com toda a  sua barulheira puxada por animais do outro mundo...E segue o autor: A mais curiosa das estórias falava da existência nos campos da Boa Vista de um perverso ‘boitatá’, que se apresentava em forma de tocha luminosa e seguia os cavaleiros solitários em demandada Praia de São Tomé Em certas ocasiões achava de pousar na garupa do animal deixando o caminheiro apavorado. Dizem até que tinham preferência em seguir pessoas que montavam cavalo branco. Causava até desmaios... e completa:”” o tempo passou. O progresso chegou. As aparições desapareceram!...” 

     Nota da blogueira: Este ano nos meses de janeiro e agosto (para alegria dos familiares do autor) foram publicadas duas Revistas em Quadrinhos com histórias da referida obra encartadas no jornal "O Diário" com a  criação irretocável dos brilhantes: Cássio Peixoto e Glauco Torres Grayn. 


sexta-feira, 20 de setembro de 2013

O PASSADO MANDA LEMBRANÇAS

Avós maternos, mãe e tios de Waldir Carvalho.

O casamento de Waldir e Zeni
(20 de abril de 1946)

                      A família: Waldir, esposa e filhas em um passeio no Jardim São Benedito.
(Meados de 1950)

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

ALGUMAS CASAS COMERCIAIS

Centro comercial da cidade


Algumas casas comerciais

(fragmentos do livro"Campos depois do Centenário"- volume I)

   Assim nos narra Waldir Carvalho:

    “ Por ocasião  das comemorações  do centenário da cidade (1935), havia uma variedade de estabelecimentos comerciais, que fundados no século anterior ou início deste, serviam da melhor maneira à sociedade Campista.

   Podem ser citados (entre outros): Joalheria Renne, Casas Santos Moreira, Espingarda Grande, Ao Livro Verde, Confeitaria Francesa, Alfaiataria Silva, Café Brasil, Farmácia São Salvador, Padaria Napoleão, A Exposição, Casa Almeida, Casa das Sedas, Casa Nova, Casa Zulchener, Mina de Ouro, A Normalista, A Imparcial, Café High-Life, Foto São Paulo, Confeitaria Brasileira, A Pena de Bronze, Ao Livro Novo, Casa Santos Moreira”, e segue...

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

"O ESCRAVO CIRURGIÃO"




     Radionovela de Waldir Carvalho, que em 1988 (ano do centenário do célebre "13 de maio")  o  autor transportou o conteúdo para um livro. 
     Nele é narrada  a história de um escravo que estudou para se tornar um cirurgião e curar seus companheiros de senzala, por influência de um padre Jesuíta.
Inspirada em fatos reais  e adicionada com boa dose de fantasia e dramática narrativa recheada de fortes diálogos,a história se desenvolve.
     A trama se passa nos arredores do Solar do Colégio (onde hoje funciona o Arquivo Público Municipal que leva o nome do escritor) e inicia-se assim: "A voragem do tempo,causadora de tantas destruições, não conseguiu demolir as paredes da Igreja e do Colégio.
     O primeiro traço de civilização dos Campos dos Goitacás,continua vivo aos olhos dos que passam pelas cercanias da legendária fazenda, cenário de tantas histórias incomuns.
     Ali está, como que por encanto,isento de ruínas, o velho casarão erguido pelas mãos de escravos, sob os planos dos Jesuítas,onde veio a ser ministrado, antes de mais nada, o ensino cristão aos filhos da terra, em grande parte,mamelucos. Ali,se projetou a primitiva luz do saber no solo campista.  
     Quem desconhece a história do povo da planície goitacá e divisa, à distância,aquele campanário se elevando do verde oceano de canaviais,há de sentir o desejo de inquirir a respeito de todos os fatos vividos na Fazenda do Colégio..."

Solar do Colégio

     ...E dá início a narrativa do livro "O Escravo Cirurgião".

terça-feira, 17 de setembro de 2013

UMA CRÔNICA...




À CAMINHO DO MAR
(Waldir Carvalho)

      A folhinha açoitada pelo nordeste, assinalava 21 de janeiro de 1933. 
     Com os meus dez anos incompletos e a minha calça curta de suspensórios, cavalguei pajeado pelo bom Antônio, durante horas infindas por toda a imensidão dos campos da Boa Vista, deixando para trás: Santo Amaro, Andreza e Cotia.
   O vetusto solar que havia abrigado o general Pinheiro Machado e que se constituía no “sobrado” dos Irmãos Saldanha, foi o primeiro motivo de admiração para meu espírito de criança.
     Penosa a caminhada, mas a busca do desconhecido, dava - me ânimo para prosseguir.
    A emoção me trancava a garganta. Meus olhos, tais quais pernas de compasso passeavam do Xexé ao Algodoeiro...
     Eis que surge... o Farol! São Tomé à vista! Era preciso ver pra crer...
    Mais adiante, o ponto alto do espetáculo: o mar. Indescritível o que senti naquele momento. A vastidão oceânica tinha um aspecto fantástico. O belo (a cortina que se abria)  e o horrendo (o ronco, como um trovão, que se elevava de suas águas revoltas) se mesclavam: a ondulação iniciada ao longe ia se avolumando ao se aproximar da terra firme formando uma curiosa cordilheira, para em seguida derramar-se -  violentamente -sobre indefesos crustáceos, e culminar beijando a areia carinhosamente.

      Há dois palmos acima das ondas, um pássaro malabarista, preparava-se para fisgar um peixe... 

  (Verão/1994)

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

"GENTE QUE É NOME DE RUA"



     Se perguntarem às pessoas ligadas à leitura, qual obra do escritor Waldir Carvalho conhece , leu ou já ouviu falar, posso quase afirmar que a resposta será: "GENTE QUE É NOME DE RUA". (São três volumes)
     O curioso é que o autor, remanescente do rádio, onde na época de ouro (1950/1960) escreveu novelas: romanceadas e históricas ; rádio-teatro; programas humorísticos e outras tantas criações literárias tenha iniciado sua vida de escritor por biografias, embora mais tarde tenha transformado em romances suas novelas como: "O escravo Cirurgião", "Roda dos Expostos", "O sorteado" entre outros...
     E ele explica na introdução do primeiro volume (de 1985): "É certo que os campistas chegados às letras têm "mania de história", ou melhor, vivem sempre a contar a sua História. Eu,que sou um deles, quando tenho a palavra costumo dizer,sem esconder o verdadeiro bairrismo: "Que culpa temos nós de termos uma História para contar?" Não é verdade que os campistas José do Patrocínio, Saldanha da Gama e Nilo Peçanha se tornaram figuras nacionais?
     Bem, particularmente, o meu interesse pelas coisas de nossa terra e nossa gente,começou quando já era redator-produtor da Rádio Cultura de Campos, resolvi experimentar a criação da rádio-novela histórica, abordando o feito do"Tigre da Abolição",exatamente quando era festejado o centenário de seu nascimento.
     (...) passados alguns anos, selecionei material  para esse livro. Passei anos folheando livros históricos, manuseando jornais antigos, entrevistando pessoas...
     (...) Enfim,eis aí "Gente que é nome de rua", que representa menos a preocupação de ser historiador sem livro publicado, do que o desejo sincero de ter feito alguma coisa que ajude a comemorar o sesquicentenário de nossa querida Campos" 

     O AUTOR

domingo, 15 de setembro de 2013

DOMINGO É DIA DA FAMÍLIA

                                     A família reunida nos 80 anos do escritor
                                      Waldir e Zeni-Bodas de Ouro
                             
                                          Waldir e filhas:Walnize,Zedir e Zalnir

                                                           A bisneta Giulia
                                                                     A bisneta Clara
                                                      A bisneta Valentina


                                                       O bisneto Luiz Maurício
                                 As bisnetas:Letícia e Liz
   
Waldir Carvalho dizia que sua obra prima era a família. Para tanto dedicou alguns capítulos  do seu livro: "Se não me trai a memória" a ela.
   Aqui , pois, junto as  trovas por ele escritas, as fotografias:


Para Zeni (a esposa):

Zéfiro tão perfumado
emanado com carinho
Num sussurro enamorado
Inspira meu caminho.


Para a filha Zedir:

Sonhamos com o porvir
fruto de um amor profundo;
O céu nos mandou Zedir
E cresceu o nosso mundo.


Para a filha Walnize:

Bela cena da história
È Walnize, a canção
Inspirada na vitória
A saudar o coração.


Para a filha Zalnir:

Peça feita de candura
E anseio imorredouro
Que Zalnir,com sua ternura
Fechou com chave de ouro.


Para os netos:

Para Gustavo
 A sua presença criança
Só me inspira meiguice
 É vida, amor, esperança
Marco da minha velhice.

Para Guilherme
Meu avô: Guilherme I
Meu tio: Guilherme II
Meu neto: Guilherme III
Há um novo império no mundo.

Para Frederico:  
A Frederico com afeto
A minha trova com amor
 A emoção de cada neto 
fez de mim um trovador.

Para Fábio:
 Neto, no dizer do sábio
É um filho em duplicata
 Aí está o nosso Fábio
 Somos pai-avô, na exata.

Para Maurício
Maurício tão esperado
Chegou. E quanta emoção
Nosso time tá formado
pro futebol de salão.


Para Rafael:
 Rafael, o seu sorriso
Faz lembrar o amanhecer
É o sol que agora diviso
Neste meu entardecer.

Para os bisnetos:

Para Giulia:
 No céu de minha esperança
Uma estrela apareceu
a nossa Giulia-criança
Sol de quem envelheceu.

Para Clara:

Clara! Luz celestial 
Que Deus nos deu por guarida
A iluminar sem igual
O ocaso de nossas vidas.


Para Valentina:

Valentina é um bem colhido

com amor e com ternura

E este Matusalém lhe deseja


Vida plena de Ventura


Para Luiz Maurício:

O primeiro bisneto
que alegria me traz
ofereço com afeto
meu carinho, amor e paz.

 Depois nasceram Letícia Liz, que não tiveram a sorte do convívio com o   “biso”...



MANIFESTAÇÕES

   Ficamos felizes (falo por mim e João Pimentel) pelo apreço manifestado pelos amigos das redes sociais (blogosfera e Facebook) com a criação desse blog: muitos curtindo, outros tanto compartilhando e comentários que nos estimulam a seguir em frente.

   Desde as exclamações: "Que bom"; "Legal!"; "Bacana!", até as frases publicadas aquecem nossos corações:   

    Sylvia Paes, por exemplo, postou no Face: "Com toda certeza seu pai iria adorar a ideia. Ele não era dessas pessoas para trás. Ele, na sua calma zen estava atento as transformações e caminhava de mansinho ao lado delas. Uma ótima iniciativa e vamos divulgar!!!!! Bj"

   Fernando Leite lá no seu blog concluiu:" Cá comigo: que ótima notícia, Walnize. Hoje, casualmente, passei pelo João e ele me antecipou o seu comunicado."

   O amigo Cesar Barreto postou e.mail:
"Querida afilhada.
Foi com imensa alegria e satisfação que ví hoje, no blog do Roberto Moraes, a feliz idéia e projeto, de ver publicado nas Redes Sociais, as Memórias de nossa terra, de autoria de seu saudoso papai.
Parabéns,
Do padrinho
Cesar Barreto

Mais este:
"Quero parabeniza-la pela brilhante iniciativa. Ainda hoje, mostrei a um dos meus filhos, a materia postada, dentre outras, que mostra nossa Campos, em tempos idos. Muita das fotos, me fizeram lembrar de lugares que ainda tenho na memoria. Parabéns.  Seu papai merece e o povo campista agradece. Quem não conhece a história de sua terra natal, não tem história para contar."

Blogueiros - Jane Nunes, do Sociedadeblog , Ricardo André Vasconcelos e tantos outros - obrigada pelo desejo de sucesso. 

A amiga e jornalista Patrícia Bueno e sua peculiar sensibilidade deu o seu aval.

No mais,
Obrigada, amigos! (indistintamente)
Walnize Carvalho

sábado, 14 de setembro de 2013

O BARÃO DE ITARARÉ EM CAMPOS


O Barão de Itararé em Campos
(Do livro Campos Depois do Centenário - Vol. 1)



     Na primeira quinzena de setembro de 1946, visitou Campos o Sr. Aparício Torelli - O Barão de Itararé - grande humorista da pena, e diretor do consagrado semanário "A Manha". No dia 14, sábado, fez uma palestra no Clube Saldanha da Gama; no dia 15, domingo, convidado pelos jornalistas de Campos, compareceu à Associação de Imprensa Campista, onde falou e concedeu entrevistas. Muito apreciado pelos nossos leitores, a visita do "Barão de Itararé", foi um sucesso.

CURIOSIDADES SOBRE O AUTOR


* Os primeiros escritos publicados em jornais, datam de 1943 em "A NOTÍCIA": com o título "O Poeta de Santo Amaro".
Uma longa história traduzida em versos satíricos sobre o racionamento dos combustíveis(faltou até querosene para os lampiões e lamparinas) na época da Segunda Guerra Mundial...


*A primeira rádio novela do rádio campista foi escrita por Waldir Carvalho e apresentada  na "Rádio Cultura de Campos" PR-7, no ano de 1951.


*Escreveu em vários matutinos campistas:"Folha do Comércio","A Notícia","A Cidade","Monitor Campista" (neste, por último)... 


*A primeira máquina de escrever  adquirida  (está em seu acervo) foi uma Royal (foto). Nela digitou grande parte de seus escritos...

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

PORQUE HISTORIANDO COM WALDIR CARVALHO?

Porque historiando com Waldir Carvalho?
Eu explico:


     O ano era 1967, o mês julho, os Beatles tinham acabado de lançar o álbum Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band, considerado por muitos o melhor álbum da banda. Eu, como todo jovem na época, estava sempre por perto dos "embalos" que agitavam a juventude nos anos 60, e domingo era o dia mais esperado.  Pela manhã a turminha pegava um "bronze" nas piscinas dos clubes sociais. À tarde, todo mundo se encontrava na sessão de cinema no Goitacá. Quando acabava o filme, começava a caminhada até o centro; alguns iam para a Casa do Chá fazer um lanche, outros seguiam até a Catedral e ficavam na entrada conversando até o início da missa das seis. O domingo terminava em música, nos bailes dos clubes sociais, dentre eles o Saldanha da Gama, Automóvel Clube, Tênis Clube e Rio Branco. E foi num dos bailes, ou melhor dizendo, num dos Convívios Sociais do Saldanha da Gama que conheci a minha esposa Vera. Estudante do atual ISEPAM, Vera estudava na parte da manhã, e lá ia eu encontrá-la na saída e andávamos até a sua casa na rua dos Goytacazes, às vezes na companhia de Walnize Carvalho, uma das filhas de Waldir Carvalho e colega dela no ISEPAM. E foi assim que conheci Dáblio Pê Carvalho, um dos pseudônimos de Waldir.
     Mas afinal, quem era Waldir?
     Para mim, naquele momento, era um senhor super educado, funcionário público, um excelente chefe de família, sempre com um sorriso de respeito e amizade; jamais o ouvi falar alto, nunca!
     O tempo foi passando, a vida seguindo, me casei, e eu sempre por ali, na rua dos Goytacazes. Quando um dia me chega nas mãos o livro GENTE QUE É NOME DE RUA, cujo autor já era mais que um senhor super educado, era um amigo que eu respeitava muito e que me tinha deixado surpreso com o livro.



     Perguntei a mim mesmo: "Mas como ele conseguiu descobrir o histórico das pessoas que dão os seus nomes as ruas?". A resposta é simples: vocação literária.
     Aliada a esta vocação, estava a vontade de pesquisar, de ouvir e contar histórias. Daí então entendi tudo.
     De contador de estórias (novelas); de História (da sua terra, sua gente em livros, crônicas) fez da sua própria história, uma história a ser contada.
     Nascido e criado no interior (Distrito de Santo Amaro) desde cedo o pai ( homem de terras  de plantio de cana de açúcar e milho) percebeu que o filho não era vocacionado ao trabalho por ele executado.
     Fato se dava ao observar como se entusiasmava ao ouvir as histórias de Nhanhá ( mulher simplória do lugar) quando as famílias se reuniam “no terreiro de terra batida” para  debulhar os frutos da plantação...
     A mãe  o entusiasmou e ele abraçou a profissão de alfaiate onde em sua alfaiataria ouvia histórias no rádio.
     Do radio ir para o Rádio foi um pulo: novelas, rádio-teatro, musicais programas humorísticos, culturais, históricos...
     Tempos depois, (já funcionário público) consolidou a sua vocação literária passando a escrever para jornais e em seguida tornar-se escritor. Dos seus romances ele  transformou em livros, como também sua veia de historiador, aflorou tornando suas obras: “Gente que é nome de rua” (3 volumes) e ”Campos depois do Centenário” (3 volumes) referências para os que curtem a História.
     E a “história” dessas obras tem um perfil próprio do autor: são mescladas de pesquisa detalhada e exaustiva. Questionários, entrevistas, consulta a livros de historiadores que o antecederam (Julio Feydit, Alberto Lamego), aos jornais e até a visitação aos cemitérios ( de onde transcrevia dados nas lápides) bem como textos onde o veio literário é fortemente notado.
     E estes são os meus motivos para historiar com Waldir Carvalho, meu mestre na vontade de contar minhas  histórias e de Campos dos Goytacazes.

João Pimentel