domingo, 27 de dezembro de 2015

O BLOG ENTRA DE FÉRIAS...

..não sem antes deixar publicado uma prosa poética de WALDIR CARVALHO :FAROL DE SÃO TOMÉ( a praia na qual passou férias por muitos anos junto à família).
                                        LUA CHEIA EM SÃO THOMÉ
                                               Waldir Carvalho
        Findou-se a tarde em companhia do sol que caiu cansado nos braços da serra do Itaóca. A pálpebra da noite desce irresistivelmente sobre a nossa cabeça.
Tudo indica que o manto escuro que nos envolve, impedirá até mesmo que haja a luz das estrelas.
Da quietude da varanda, ouve-se o canto das ondas lá do mar, o ambiente é de paz em nossa volta. Há um pouco de tristeza sem motivo a nos invadir o pensamento.  
 Mas, os instantes que se seguem, são prenúncio de uma alegria incomum: somos, então, atraídos para o horizonte na direção do nascente.
A iluminação indireta que se projeta do fundo das águas, embeleza com requinte o proscênio do palco, onde a natureza, em pouco irá representar.
Não há no espaço nuvens privilegiadas a serem banhadas de prata em primeiro lugar. Só o azul do céu serve de prisma e é capaz de traduzir o esplendor que não tarda.
Silêncio. O momento é místico e a cena sagrada.  O mar, o vento, tudo se curva com
reverência ante o grande altar. Por trás do imenso cálice que se transborda cá na areia, eleva-se a grande hóstia para a comunhão das criaturas. Nossa alma, nesse momento de contrição, se faz em prece.
Não custa nada orar pelos homens que podem  promover a paz. Vale a pela convencê-los a amar uns aos outros. Provando que o amor é a única força capaz de garantir a felicidade do mundo, a lua cheia que segue a sua jornada por entre os astros do firmamento, vai derramando, fraternamente, sua luz bendita sobre justos e injustos,sobre crentes e ateus, sobre árabes e judeus, na esperança, talvez, de que um dia a paz seja, também, de todos — Universal.




sábado, 19 de dezembro de 2015

ESCOLA TÉCNICA DE CAMPOS(1944)



                          Do livro: “CAMPOS DEPOIS DO CENTENÁRIO” – volume II

                                                                       (Waldir Carvalho)

Conta o autor que:"Em 1942 o educandário chamava-se ESCOLA INDUSTRIAL DE CAMPOS; em 1945, ESCOLA TÉCNICA DE CAMPOS e em 1965, ESCOLA TÉCNICA FEDERAL DE CAMPOS."



quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

FANTASMAS NA CIDADE (1947)


Do livro: "CAMPOS DEPOIS DO CENTENÁRIO" - Vol. 1
(Waldir Carvalho)


FANTASMAS NA CIDADE

     O dia, 26 de fevereiro. O ano, 1947. Passadas as notícias sobre "fantasmas" que agiam na esquina de Alberto Torres com Voluntários da Pátria, numa garagem na esquina de Marechal Floriano e Sete de Setembro, e numa casa da Barão do Amazonas, surgia um, na Tenente Coronel Cardoso (trecho entre B. Cotegipe e Andradas) que atirava pedras e latas nos transeuntes. Entre as suas vítimas, o Sr. Newton Morisson e um soldado do Corpo de Bombeiros que recebeu uma pedrada quando ali esteve com a guarnição. Da vistoria feita no forro da casa, de cujo telhado vinham os artefatos, apenas foram encontrados, velas e uma frase num pedaço de papelão: "Amanhã tem mais...".



terça-feira, 8 de dezembro de 2015

A ERA DOS BONDES (1943)



  
Do livro: "CAMPOS DEPOIS DO CENTENÁRIO" - Vol. 1
(Waldir Carvalho)

BONDE DO MATADOURO

 "No dia 14 de maio de 1943, por pouco não há uma tragédia nesta cidade. Um bonde repleto de passageiros, procedente de do bairro Matadouro, descarrilou na Beira-Rio e só não se precipitou no Paraíba porque encontrou como forte obstáculo, uma árvore de tronco forte."