sábado, 30 de julho de 2016

O PRIMEIRO LIVRO PUBLICADO: ”GENTE QUE É NOME DE RUA”

            


     Narra o autor no livro “Se não me trai a memória”(2003):
   “Quando pensei publicar o meu primeiro trabalho em forma de livro veio a ideia de  mencionar a figura de Nhanhá - uma contadora de histórias que despertou em mim o gosto pela escrita.
     Nhanhá era uma criatura simples, analfabeta, pitava cigarro de palha e em noites de luar, quando estávamos no terreiro de casa descascando milho em mutirão com os vizinhos, ela vinha nos ajudar e contar histórias.
     Com seu linguajar fora da gramática, ela contava com riqueza de detalhes e natural suspense histórias de príncipes, como ninguém. Sabia os “Contos da Carochinha” de cor, embora - como disse - não soubesse ler.
     Foi ela quem primeiro cantou e dançou para nós(tocando castanholas com os dedos) a célebre “Mana Chica do Caboio”
    Assim... soube tornar embevecido esse menino, que viveu o bastante, para pôr no papel o que viu e ouviu encantado...   
    Se assim não aconteceu (ser  a  narrativa que fiz acima, parte do meu primeiro livro) foi porque achei que ao  narrar um pouco da História de Campos dos Goytacazes, estaria abrindo o caminho para a ficção – filha que é da realidade.
     Mesmo assim, estou certo em reafirmar que ela com seus contos, seus cantos e suas danças foi quem me fez despertar para as letras.
    Visto isto, conto aqui a minha introdução como escritor com o “Gente que é nome de Rua”: depois de uma trajetória de produtor de novelas,programas humorísticos,rádio teatro,etc... pelas Rádios Cultura de Campos e Jornal Fluminense passei a produzir(a partir de 1978) um trabalho semanal,na “Campos Difusora”,intitulado :”Nossa Terra/Nossa Gente”. Nele, criei uma subseção chamada “Gente que é nome de Rua”.
Então, me ocorreu a ideia sobre o livro.Escreveria com esse título,um trabalho para-didático,visando ir ao encontro de estudantes e estudiosos  da história de Campos.

Lançado o primeiro volume em 1986, veio o segundo volume(1988) e o terceiro em 2001.”

quarta-feira, 27 de julho de 2016

DATA ANIVERSÁRIA DO ESCRITOR WALDIR CARVALHO

 Com a intenção de lembrar do escritor,que neste 27 de julho -  se estivesse entre nós -  faria 93
 anos,que o Blog( criado para trazer aos antigos e novos leitores  a vida e obra do autor campista ) que como filha e leitora do mesmo transcrevo  do seu livro  biográfico:"Se Não Me trai a Memória"/2003:

       

             A CASA DE INFÂNCIA DE WALDIR CARVALHO

Foto tirada pelo neto Guilherme

Berço  Vazio
(Waldir Carvalho)

A casa que nasci resiste ainda
Ao natural desprezo ao que é antigo.
Mas para mim parece nova e linda
Pois ali foi meu primeiro abrigo.

A nossa ligação é doce e infinda
Porque debaixo do seu teto amigo,
Muito eu ri na alegria tão bem vinda
E solucei nas horas de perigo.

Se em seu terreiro de bater feijão,
Todo varrido já pela manhã,
Eu joguei malha, baleba e pião,

Hoje eu lhe peço:Abra uma janela
E deixe, ao fim da nossa vida vã,
Que eu fique, ao seu lado, de sentinela!

     (09/07/94)

sábado, 23 de julho de 2016

PRIMEIRA EXPOSIÇÃO PECUÁRIA DE CAMPOS(1937)



Do livro: "Campos depois do Centenário"- Vol.1
(Waldir Carvalho)

     “1937! No dia 12 de junho, um grupo de homens ligados, sobretudo, a área da criação de gado, se reunia para  estudar a possibilidade de ser realizar uma amostra com o título de PRIMEIRA EXPOSIÇÃO PECUÁRIA DE CAMPOS.
     Por meio de uma aclamação foi formada a comissão encarregada do assunto tão relevante para a divulgação do que se produz em nosso município.
     Dr. Jose Sobral Pinto, sugeriu que seria mais apropriado que o titulo do futuro evento fosse “1ª Exposição Agro-Pecuária de Campos”, o que foi aprovado.
     Assim ficou assentado que a primeira Exposição Agro-Pecuária de Campos, seria levantada a efeito em Maio de 1938.”

sexta-feira, 15 de julho de 2016

NILO PEÇANHA: CAMPOS NA HISTÓRIA.

(Folha datilografada pelo autor)

   Neste dia 02 de outubro vale lembrar do nascimento do ilustre campista: Nilo Peçanha
   Encontro em meio os escritos deixados por Waldir Carvalho : Rádio -Teatro -  Biográfico com o título: NILO PEÇANHA: CAMPOS NA  HISTÓRIA.
   Transcrevo, pois, a valiosa observação: “ Esta peça foi apresentada pelas  Rádio Cultura de Campos e Campos Difusora no dia 02 de outubro de 1967 ,quando do CENTENÁRIO  de nascimento do grande estadista brasileiro.”
   A referida encenação recheada de fortes diálogos, contou com vários atores  em diversos papéis, inclusive o personagem: Nilo Peçanha.
   No ano de 1985, em “Gente que é Nome de Rua” volume I, o autor  traz  a biografia detalhada (em seis páginas) de Nilo Peçanha.

Reproduzo aqui um fragmento: “Entre frases célebres,  que soube proferir, fica uma que serve ainda de lema para as gerações que se sucedem: “ O Brasil de hoje sai das Academias; amanhã, das oficinas”

terça-feira, 12 de julho de 2016

O CINQUENTENÁRIO DA ESCOLA TÉCNICA DE CAMPOS(1959)

O CINQUENTENÁRIO DA ESCOLA TÉCNICA DE CAMPOS(1959)



                             
Conta,mais ainda,  o autor que: "Desta forma.conforme os decretos acima,as Escolas de Aprendizes Artífices seria-  foram- instaladas nas capitais dos Estados Brasileiros.E Campos,embora não fosse a sede  do Governo Estadual foi premiada como seu estabelecimento de ensino industrial(...)
Em 23 de janeiro de 1910, tendo na Presidência da República o campista Nilo Peçanha foi festivamente inaugurada em Campos  a Escola de Aprendizes Artífices ,cuja sede antes havia sido a Estação da Estrada de Ferro Campos- São Sebastião, na rua Tenente Coronel Cardoso(antiga Formosa).Deu início às suas aulas com 73 alunos passando,em seguida,para 209 estudantes.Os cursos ministrados eram de Alfaiataria,Marcenaria,Carpintaria,Sapataria,Correaria, Tornearia, Entalhação e Eletricidade.(...)
(...)Sabe-se que, com apenas 10 meses de trabalho educativo, a Escola de Campos - a nona a ser fundada no Brasil - pôde participar da Exposição Internacional na cidade de Turim,na Itália.
Atendendo a inovações governamentais, o educandário mudou de nome:Em 1942 o educandário chamava-se ESCOLA INDUSTRIAL DE CAMPOS; em 1945, ESCOLA TÉCNICA DE CAMPOS e em 1965, ESCOLA TÉCNICA FEDERAL DE CAMPOS."
                          Do livro: “CAMPOS DEPOIS DO CENTENÁRIO” – volume II
                                                    (Waldir Carvalho)

Nota do Blog: na década de 90, ela passou a se chamar Centro Federal de Educação Tecnológica de Campos.
Em princípios de 2000, Instituto Federal Fluminense(IFF)

sábado, 9 de julho de 2016

NOVA AGÊNCIA DA CAIXA ECONÔMICA FEDERAL (1966)

        


                                        CAIXA ECONÔMICA FEDERAL (1966)
                                     Do livro:"Campos Depois do Centenário"- volume III                     
                                                           (Waldir Carvalho)
      
     “3 de setembro.Nessa data era festivamente inaugurada nas esquinas do Boulevard de Paula Carneiro e av.Sete de Setembro nova agência da Caixa Econômica,em seu majestoso edifício,que vinha a ser construído para enriquecer o aspecto do centro da cidade.
     Além das autoridades e do povo campista fizeram-se presentes ao ato Diretores, Membros do Conselho da Caixa e o deputado Raimundo Padilha, a quem foi incumbido de cortar a fita simbólica.
    Discursaram na ocasião: Monsenhor Uchôa; Sr.Nilson Neto(gerente da Agência); Dr.Hermes Barcelos( presidente da Caixa);Sr.Saramago Pinheiro e o deputado Raimundo Padilha.

       Ao final,drinques e salgadinhos.”

quarta-feira, 6 de julho de 2016

INAUGURAÇÃO DA RODOVIÁRIA ROBERTO SILVEIRA(1962)

                                                        Rodoviária Roberto Silveira (anos 70)


INAUGURAÇÃO DA RODOVIÁRIA ROBERTO SILVEIRA

Do livro: "CAMPOS DEPOIS DO CENTENÁRIO"- Vol. 2
(Waldir Carvalho)

    “28 de março de 1962 - Foi considerado um presente que a cidade recebeu na data de seu aniversário.
  O momento foi marcado pela presença de grande massa popular, que tomou conta de todas as dependências.
    Alguns dados interessantes: o custo da Rodoviária - 50 milhões de cruzeiros; na época, o segundo maior terminal de coletivos do país, só perdendo para a Rodoviária de São Paulo; cortou a fita simbólica, o então Ministro Badger Silveira.
    Após os discursos das autoridades presentes, o que se viu foi um grande  Carnaval, com os desfiles de todas as sociedades vencedoras de 1962, percorrendo toda a extensão da Av. Rio Branco, até alta madrugada.”

sexta-feira, 1 de julho de 2016

CENTRO DE ESTUDOS DA SANTA CASA (1963)

                             

                                    CENTRO DE ESTUDOS DA SANTA CASA(1963)
                                      Do livro:"Campos depois do Centenário" - volume II
                                                               (Waldir Carvalho)

                     "A treze de junho,tomava posse a primeira diretoria do Centro de Estudos da Santa Casa de Misericórdia.
Assim foi formada a Entidade de Estudos Médicos: Presidente - Dr.Mário Goulart;Secretário- Dr.Oswaldo Cardoso de Melo;Tesoureiro -Dr.Fernando Vasconcelos de Alvarenga; Bibliotecário- Dr.Honor Lemos Sobral; Diretor adjunto -Dr.Luiz Carlos Silva.
          Depois do ato solene de posse,os representantes da nova entidade eram recepcionados na Beneficência Portuguesa, que festejava o seu padroeiro - Santo Antônio ."