Do livro: "Se não me trai a memória"- (2003)
(Waldir Carvalho)
(Adaptação feita ao referido capítulo, pela filha do escritor)
O CAMINHO DO RÁDIO
“No final da década de 40, de volta a sede do município, resolvi instalar minha alfaiataria no começo da Av. 28 de março, em frente à R. do Riachuelo.
Na bagagem além de tesouras, agulhas e réguas, trazia também os meus manuscritos de dramas e comédias.
Na época, o Rádio era a novidade e a Rádio Cultura, mais conhecida no interior como “Rádio de Campos” - sob a direção do Dr. Mário Ferraz Sampaio - lutava por manter uma programação ao vivo e dando oportunidade às vocações artísticas locais.
Cumpria bem o seu papel, a pioneira do Estado do Rio.
Foi quando o locutor Agnaldo Rocha procurou-me na alfaiataria, para um contrato de propaganda. Achei oportuno mostra-lhe meus ‘scripts’ humorísticos.
O referido locutor não só gostou como passou a interpretá-los em seu programa ‘Hora do Café’.
Foi desta forma, que o caminho do Rádio me foi aberto.
Certo dia, Belcy Drumond (outro grande radialista) apareceu, sendo portador do convite de que eu comparecesse ao escritório da Rádio Cultura, pois Dr. Mário Ferraz Sampaio, queria me conhecer de perto.
E lá fui eu. O diálogo entre nós foi inesquecível. (na página 84 do livro, se lê na íntegra).
Aceitei o convite para ingressar na emissora. Produzi quadros humorísticos intercalados aos números musicais. Lembro-me de alguns: ‘Jornal de Ontem’; ‘A Escola do Catete’; ‘Dr .Mata A. Machado’; ‘ Hotel da Fuzarca’; ‘ O noivado da Esperança’...
E daí vieram : rádio-teatro, novela históricas e romanceadas.
Mas ... são cenas para um próximo capítulo!”