sexta-feira, 30 de outubro de 2015

FÊNIX DA PLANÍCIE

                                                       (Foto: http://camposfotos.blogspot.com.br/)


   Conforme nos narra o historiador Waldir Carvalho em “Campos depois do Centenário” Vol. 1, o CAIS DA LAPA foi inaugurado em 20 de setembro de 1959.

    Mediante esse fato relevante, suscitou no homem de letras, escrever o texto reproduzido a seguir:


LAPA: FÊNIX DA PLANÍCIE
(Crônica de Waldir Carvalho publicada no jornal “A CIDADE” em 12/04/1960)

     “A Lapa está voltando a ser a Lapa...”
    Dá até vontade da gente cantarolar a música do carnaval do passado, sucesso do também inesquecível Chico Alves. E por que esse desejo de cantar,por certo,indagarão?
     Ora, porque a Lapa, sim a nossa Lapa, está voltando a ser a Lapa. Ressurge, para alegria de todos nós que a veneramos, na mente dos homens públicos.
     Como a de do carioca boêmio, a nossa Lapa teve os seus dias. Sua história não está ligada à boemia de um povo, mas ao seu progresso, ao seu romantismo, acima de tudo.
     O tempo começou a passar depressa. O campista não podia viver mais como no tempo dos barões, com a calma no andar, no falar, no agir. Até a gostosa sesta do meio dia, acalentada pelo tropel dos muares e puxar carroções, o “nordeste” levou. O campista viveria, então, de saudades, de sonhos vividos. Em seus devaneios, ele se manteve presente no passado... Em seus momentos de lazer, roubadas às obrigações de um cotidiano quase sem sentido, viu na tela da recordação, a Lapa dos seus bons dias .A lapa com suas palmeiras ,com suas figueiras da Índia, com seu velho cais enfeitado de velas brancas.
     Ah!... O campista, poeta de nascença viu-se até acomodado no “banco das cismas”, tal como Azevedo Cruz contemplando o Paraíba nas noites de luar fazendo cócegas na curva da Lapa.
    Era tempo de despertar. A Lapa da igreja secular, dos soldados que acordavam com a alvorada dos pardais, da Fábrica, que é patrimônio da gente operária, estava a merecer os cuidados  dos tempos modernos.
   Embora constrangendo os homens queimados das embarcações primitivas, constrói-se o CAIS. Depois, bate-estacas com seu barulho constante, afugentam o “Ururau” - inquilino de um velho sino - segundo Gastão Machado e ergue-se a ponte.
     Que faltava agora à Lapa? Quase nada e tudo.
     A Lapa era toda ,um quadro sem moldura.
    Só um campista divisando a cada hora o cenário incompleto poderia sentir na alma, o desejo urgente de retocar o quadro,iluminar o proscênio fazendo com que a fênix da planície ressurgisse como uma esperança no coração de cada filho da terra.

terça-feira, 27 de outubro de 2015

DOUTOR PENALVA

                                             Do livro:"Gente que é nome de rua" - volume I
                                                                 (Waldir Carvalho)


sexta-feira, 23 de outubro de 2015

MIRANDA PINTO

                                                  Do livro:"Gente que é Nome de Rua"-volume I
                                                                     (Waldir Carvalho)
                                       

terça-feira, 20 de outubro de 2015

E NO DIA DO POETA ...A POESIA DE WALDIR CARVALHO



Mansidão de pássaros
                        Waldir Carvalho
Manhã
Canto de pássaros lá fora
Canto feliz!

Como naquelas manhãs...
Nada muda
Tudo fala
A mesma coisa.
No mesmo tom de alegria
E a felicidade 
por bondade
Está presente.

Que bom morrer como  um passarinho !
Na pausa de uma cantoria
No auge de uma louvação de amor!

A humana criatura é tão rica
E tão pobre
Tem tudo para fazer tudo
Sem ser tudo
Não vai além do quase nada
Nesse nada que é tudo.

Busca lá fora
O sorriso, a canção, a ternura
O amor, a paz, a igualdade
Busca, enfim ,
A felicidade .

Não vê cá dentro
No que tem de profundo
A própria essência do mundo
Não sente
nos reais poderes seus ,
A presença feliz
E redentora  de Deus!

Os pássaros não mudam.
Só o homem quer mais
Anseia e se perde na sua ambição.  
Tantas são as graças que recebe
Poucas são as oferendas que faz...

Cansado do planeta,
Que viver noutros  planos,
Nas alturas.
Não eleva o pensamento:
Faz-se aeronauta, astronauta
Faz-se cosmonauta,
Faz  loucuras!

Os passarinhos
Ricos de alegria, de paz, de amor
De ternura, vive no igual
Não inventam
Não lamentam
Brincam de pique no espaço sideral.

Pela ausência do mal
Pela presença do bem
Vale muito a pena,cantar também.


 



sábado, 17 de outubro de 2015

quarta-feira, 14 de outubro de 2015

sábado, 10 de outubro de 2015

A ERA DO RÁDIO- ÂNGELA MARIA ( 1957)

Sucessos de Angela Maria - Nº 3 - LP da Copacabana
(1957)



Do livro: "CAMPOS DEPOIS DO CENTENÁRIO" - Vol. 2
(Waldir Carvalho)

CANTORA ANGELA MARIA


     "O espetáculo mais esperado da cantora Angela Maria, que estava no auge de sua carreira, foi a 4 de abril de 1957, no velho palco do Teatro Trianon em Campos dos Goytacazes (RJ). O promotor da rápida temporada foi o locutor Rui Moreira Filho. 
      A Apresentação foi uma verdadeira festa para os seus admiradores de todas as idades."



quarta-feira, 7 de outubro de 2015

SILVA PINTO

                                            Do livro:"Gente Que é Nome de Rua" -volume I
                                                                 Waldir Carvalho

sexta-feira, 2 de outubro de 2015

O "CASINO" DE CAMPOS(1936)

                             
           O “ CASINO” DE CAMPOS

Do livro "CAMPOS DEPOIS DO CENTENÁRIO" - Vol. 1
(Waldir Carvalho)
(Fragmentos do texto original)

     “O Casino (conforme a grafia italiana da época) ao ser fundado (1936) se constituiu
numa grande novidade em Campos, notadamente, no seio da alta sociedade. Tratava-se de uma casa dedicada ao lazer, com jogos e festas ao alcance dos seus refinados frequentadores.
     No começo foi presidido pelo Dr. Plínio N. Machado.
    Sofreu interrupções e foi reinaugurado no dia 9 de maio de 36, na R. 13 de Maio,
no local em que foi construído o Automóvel Clube Fluminense. Da diretoria dessa fase, constavam os seguintes nomes: Drs.Ismael Vivácqua e Sigesmundo Caldas Barreto e srs.Tolipan e Rafael Manhães. O responsável pelo Dptº de Publicidade era o Sr.João João Rodrigues de Oliveira.
    Um ponto de destaque na divulgação do Casino de Campos, era enfatizar que o mesmo era um “ponto de reunião familiar”.
     Ao lado do cassino existia o GRILL ROOM onde desfilaram os mais renomados artistas vindos de várias partes do país e do mundo como por exemplo:Sílvio Caldas,The Reeeve Sisters, Irmãs Pagãs, All Morrison,Wanda Moreno, Nena de Napoli..."