terça-feira, 23 de maio de 2017

A CASA DO JOÃO DE BARRO


                       
                                                    A CASA DO JOÃO - DE - BARRO
                                                                        Crônica
                                                                          (1993)

 (Um dos vários recortes de jornais encontrados no acervo do escritor Waldir Carvalho)


       Amante que sou da Natureza, certa vez em viagem para a minha querida  baixada estacionei o carro sob a sombra de uma árvore frondosa e passei a me deliciar com o canto dos pássaros.
        Foi quando, descobri entre a forquilha de um pé de jenipapo, uma casa de João -  de -  Barro. Até aí, nada demais! Bem... eu poderia embelezar a descrição do achado lembrando que - via de regra - a moradia tão bem erguida por aquele pássaro, costuma ser sobre o esbulho ou seja a tomada de assalto por preguiçosos periquitos, que nela se alojam para pôr seus ovos e ganhar seus rebentos.
        Acontece que o que, realmente, me chamou à atenção, foi o fato de não ser uma casa de João - de - Barro qualquer: tinha dois andares...Um sobrado, sim senhor!
Deveria ser uma construção normal por aquelas bandas, mas foi a primeira que encontrei.
       Como o bom senso me impediu de invadir o domicílio alheio, acabei ficando com e dúvidas que me perseguem: Teria o pássaro, João - de - Barro, penetrado no reino da Razão e progredido em seus projetos? Teria invejado os humanos, que moram em apartamentos?
Na verdade, acredito que tenha sido obra de outro João, que achando a base pronta, só teve o trabalho de levantar as paredes e o teto.
       Todavia, prefiro a ilusão de acreditar, que os animais possam pensar até 10 vezes, antes de fazer alguma coisa.
          Mesmo porque -  acreditem - já vi em plena Av. Getúlio Vargas no Rio, um cãozinho só atravessar após olhar para um lado e para o outro...

quinta-feira, 18 de maio de 2017

NOSSA TERRA, NOSSA GENTE

                                                   JOÃO BATISTA VIANA BARROSO

NOTA DO BLOG.:Encontrado no Acervo do historiador WALDIR CARVALHO , um de seus programas radiofonizados:NOSSA TERRA;NOSSA GENTE datado de 09/08/1975.
      Vale o registro pela passagem ,hoje, do Aniversário do Arquivo Público Municipal Waldir Pinto de Carvalho( antigo Solar do Colégio).
     Nele o autor faz referência ao sr.João Batista Viana Barroso(Sinhô Barroso)  , que foi proprietário do SOLAR DO COLÉGIO.
     Vale recordar que o casarão pertenceu aos jesuítas e que, dissolvida a Companhia de Jesus pelo Marquês de Pombal,foi à praça  e arrematada pelo português  Joaquim Vicente dos Reis.
     O avô  de "Sinhô Barroso" herdou a fazenda e o solar de Joaquim Vicente dos Reis,de quem era genro.
      Assim...João Batista Viana Barroso ali viveu e veio a falecer com mais de 100 anos.
      Era um   representante autêntico  da velha aristocracia rural de Campos.
      Sua figura fidalga e senhoril compunha a arquitetura do velho casarão.
      Era um cavalheiro,que recebia visitas com chá servido em chávenas ,que integravam o relicário de antiguidades do Solar,
          Mas ,não se deteve apenas à fidalguia.Foi um ativo líder da lavoura da cana e um dos fundadores do Banco dos Lavradores...
 

Em tempo.:O referido programa " NOSSA TERRA;NOSSA GENTE tinha duração de  1 hora e ía ao ar pela Rádio Campos Difusora, nas tardes de sábado.
     Sendo assim, a vasta biografia  do João BatistaViana Barroso está escrita e  bem guardada em amareladas folhas de papel,mas que o Tempo não consegue destruir...




terça-feira, 16 de maio de 2017

PHARMÁCIAS DA DÉCADA DE 30



                                                        (foto meramente ilustrativa)

                          Do livro:  “CAMPOS DEPOIS DO CENTENÁRIO” –volume I

                                                            (Waldir Carvalho)

sábado, 13 de maio de 2017

ESCRAVIDÃO VERSUS ABOLIÇÃO

Nota do blog.: este recorte de jornal trata-se de uma página escrita por WALDIR CARVALHO no jornal A CIDADE em 14/05/88, em que o historiador  citado narra vários episódios da História (ligados à Escravidão)em forma de cenas de  peça  teatral...

  

sexta-feira, 5 de maio de 2017

FIM DO VELHO TRIANON (1975)

FIM DO VELHO TRIANON


 FIM DO VELHO TRIANON
(Waldir Carvalho)

   Encontro no acervo do escritor várias páginas  datilografadas pelo autor (não localizada se transformou em crônica ou pertenceria ao projeto do "Campos depois do Centenário" - Vol. IV).
   Transcrevo,pois, fragmentos:
  " No início do mês de junho de 1975 foi impresso e distribuído um convite à comunidade campista:

C O N V I T E

CINE TRIANON
(Programação beneficente do Lions Clube de Campos)
"Noite do Adeus"- sessão despedida com o filme  GILDA
Dia:08/06/1975
20 horas
Cr$ 20,00
 PROGRAMA:
Às 19 horas:
   Recepção pelos componentes do Lions Clube de Campos, ofertando chaveiros aos possuidores de tickets.
Às 20 horas:
Apresentação do filme: GILDA
Com: Rita Hayworth
Glen Ford
George Mc Cready
Produção: Virgínia Van Upp
Direção: Charles Vidor
Ano: 1921
Campos, 08 de junho de 1975

   A seguir, o escritor transcreveu, na íntegra o texto contido no livreto/convite com o histórico do monumento histórico, que vai desde a INAUGURAÇÃO  DO THEATRO TRIANON (25/05/1921) com suas instalações (nº de cadeiras, frisas, balcões, camarotes, galerias) quanto à fabulosa "orchestra"com elenco de 105  personagens... ( o que nos cabe somente a citação).
   Ao término escreve Waldir: "Depois, como ninguém desconhece, o melhor do teatro, da música e do cinema internacional passou pelo Trianon. Alguns nomes: Leopoldo Fróes, Alda Garrido, Aracy Cortes, Vicente Celestino, Bidu Sayão, Procópio e Bibi Ferreira, Raul Roulien, Mesquitinha, Carmem Miranda, Mojica, Dulcina, Eva Tudor, Henriqueta Brieba , entre muitos e muitos...
   Somente os campistas - governantes e povo -   que desconheceram a bela história do Trianon de Paula Carneiro, foram, por falta total do verdadeiro bairrismo, capazes de permitir que houvesse uma tristíssima "Noite do Adeus" em 08 de junho de 1975...