Do
livro: “CAMPOS DEPOIS DO CENTENÁRIO” – volume II
(Waldir Carvalho)
CHICO BROA-TIPO POPULAR DA
CIDADE (1955)
“No dia 26 de fevereiro de 1955 a
cidade amanheceu consternada com a triste notícia da morte de Francisco
Vicente, um curioso e inofensivo tipo popular, CHICO BROA.
No carnaval saía sempre à frente dos
blocos animando o povo.
Subia em caminhões para fazer a
propaganda dos circos que chegavam na cidade.
À porta dos Cafés era bem tratado
pelos homens de negócio.
Era dado a fazer discursos, sobretudo
quando punha uns goles da “moça branca”na cabeça...
Tinha um palavreado todo seu. Quando
exaltava a cachaça dava um “Viva a bagaceira!”
Conta-se que certa vez, em frente ao
Café HIGH-LIFE - ponto de encontro dos
capitães da indústria açucareira e altos comerciantes da praça - CHICO BROA
(como era de costume) respeitosamente,aproximou-se do grupo.Tirando o chapéu
foi cumprimentando os senhores presentes: - Bom dia, ‘seu’ Chico Ribeiro; - Bom
dia,’seu’ Chico Mota: - Bom dia,’seu’ Chico Lamego.Como de outras vezes, deixou
de saudar o motorista de um deles(homem negro como ele) o que o levou o patrão
daquele a lhe fazer uma repreensão:- Porque não cumprimenta Paulo? Chico Broa
parou, pensou e depois de olhar a
criatura ‘de menas cor’ disse:- Bom dia,Paulo! Mas não ‘vecéia’ hein!?...
Morreu CHICO BROA aos 81 anos de
idade e como lembrança deixou uma frase:’ – Até no falar eu tenho
entusiasmo!...”
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