sábado, 4 de abril de 2015

CHICO BROA-TIPO POPULAR DA CIDADE (1955)

                

                             
                       Do livro: “CAMPOS DEPOIS DO CENTENÁRIO” – volume II
                                                                   (Waldir Carvalho)


                                  CHICO BROA-TIPO POPULAR DA CIDADE (1955)

         “No dia 26 de fevereiro de 1955 a cidade amanheceu consternada com a triste notícia da morte de Francisco Vicente, um curioso e inofensivo tipo popular, CHICO BROA.
           No carnaval saía sempre à frente dos blocos animando o povo.
          Subia em caminhões para fazer a propaganda dos circos que chegavam na cidade.
          À porta dos Cafés era bem tratado pelos homens de negócio.
          Era dado a fazer discursos, sobretudo quando punha uns goles da “moça branca”na cabeça...
        Tinha um palavreado todo seu. Quando exaltava a cachaça dava um “Viva a bagaceira!”
       Conta-se que certa vez, em frente ao Café HIGH-LIFE  - ponto de encontro dos capitães da indústria açucareira e altos comerciantes da praça - CHICO BROA (como era de costume) respeitosamente,aproximou-se do grupo.Tirando o chapéu foi cumprimentando os senhores presentes: - Bom dia, ‘seu’ Chico Ribeiro; - Bom dia,’seu’ Chico Mota: - Bom dia,’seu’ Chico Lamego.Como de outras vezes, deixou de saudar o motorista de um deles(homem negro como ele) o que o levou o patrão daquele a lhe fazer uma repreensão:- Porque não cumprimenta Paulo? Chico Broa parou, pensou  e depois de olhar a criatura ‘de menas cor’ disse:- Bom dia,Paulo! Mas não ‘vecéia’ hein!?...

Morreu CHICO BROA aos 81 anos de idade e como lembrança deixou uma frase:’ – Até no falar eu tenho entusiasmo!...”

           
          
      







              

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