Do livro:"
Gente que é Nome de Rua- volume II
(
Waldir Carvalho)
Manoel
Theodoro
"Já se passou mais de um século! Porém,
a gente campista que ama a sua História tudo tem feito para que os fatos
permaneçam vivos, servindo de exemplo, motivando gerações. Com ajuda de relatos
e a imaginação voltar aos dias do ano de 1864.
O rio Paraíba conta em sua orla com uma
verdadeira multidão emocionada. A sociedade ali está junto ao Porto da Banca,
para a despedida difícil, porém necessária.
Terra onde os bravos são também poetas,de repente ,uma voz sobrepõe ao
rumor que domina o ambiente ,alarido feito de manifestações patrióticas,que se
espalha levado pelo vento nordeste e pela correnteza das águas . O eco é
vibrante e sai eloqüente da garganta do Capitão Joaquim Ribeiro da Silva
Peixoto: “ Adeus,Campos,adeus eu vou deixar-te/ deixo tudo que amei tudo que
amo / eu vou ao Paraguai / vou levar o meu abraço e o meu socorro e com eles
vingarei injúrias tantas / ou senão pela Pátria alegre morro”...
É a Guerra do Paraguai, que atormentando
o Brasil inteiro faz com que Campos envie para a frente de batalha os seus
destemidos voluntários .
Finalmente, depois das palavras dos
abraços das lágrimas embarcam os primeiros voluntários no vapor “Galgo” rumo a
frente de guerra.
No ano de 1865 aos 9 dias do mês de fevereiro está na hora
de novo embarque de voluntários .
O ilustre e corajoso campista Manoel
Theodoro de Almeida Batista ,assim como seus companheiros criam forças que o
farão lutar sem temor e se preciso for,
até a morte seriam eles capazes, para salvar o Brasil e provar a bravura dos
Campistas .
O filho do Comendador Bento Benedicto de
Almeida Batista lutou com arrojo e soube honrar o nome da Família e da terra em
que nasceu. Infelizmente a tirania de Solano Lopez fez tombar
como herói o bravo Manoel Theodoro de Almeida Baptista em 24 de Maio de
1865.Entretanto ,não morreu naquele instante.Socorrido por seus companheiros
ainda ,chegou a ser levado para a Capital da Argentina .
Depois de muito sofrimento faleceu em
Buenos Aires em primeiro de julho de 1866, sendo notícia do Jornal o Paiz,que
publicou o seguinte comentário : “ Honrou com a sua morte e nobre feito do
patriotismo que o impelira a trocar os cômodos da vida pelas asperezas e
perigos da campanha . Uma oblação à morte do bravo companheiro de berço e seja
lenitivo para justificar a dor de sua família e a certeza de que no túmulo
prematuro do jovem soldado,grava-se o glorioso epitáfio se quem morreu pela
santa causa da Pátria e da civilização “.
Feito o traslado do corpo para o Brasil
foi rezada uma missa em sua intenção na Igreja de Nossa Senhora do Carmo e na ocasião o Doutor Francisco
Portela,pronunciou comovido as seguintes palavras : “Senhores ! Lá nas plagas
longínquas do Prata ,morreu para nós um
bravo: O capitão Manoel Theodoro de Almeida Baptista!
Era digno filho de
Campos,um dos valentes patriotas que conquistaram para o Voluntário da Pátria o
título de herói.”
E arremata o historiador
Waldir Carvalho: “Valeu a pena apesar do triste fim. O seu esforço não foi em
vão. Mesmo hoje, mais de um século decorrido aqui estamos exaltando os seus
feitos na obra: GENTE QUE É NOME DE RUA ,fazendo dos seus atos uma lição para a
geração de nossos dias e das eras que virão !”
Rua MANOEL THEODORO - Início: Av. Pelinca/ Término: Av. 28 de Março