quarta-feira, 13 de abril de 2016

MANOEL THEODORO

                                            Do livro:"Gente que é Nome de Rua- volume II
                                                                  (Waldir Carvalho)
          
        Manoel Theodoro
        
      "Já se passou mais de um século! Porém, a gente campista que ama a sua História tudo tem feito para que os fatos permaneçam vivos, servindo de exemplo, motivando gerações. Com ajuda de relatos e a imaginação voltar aos dias do ano de 1864.
        O rio Paraíba conta em sua orla com uma verdadeira multidão emocionada. A sociedade ali está junto ao Porto da Banca, para a despedida difícil, porém necessária.  Terra onde os bravos são também poetas,de repente ,uma voz sobrepõe ao rumor que domina o ambiente ,alarido feito de manifestações patrióticas,que se espalha levado pelo vento nordeste e pela correnteza das águas . O eco é vibrante e sai eloqüente da garganta do Capitão Joaquim Ribeiro da Silva Peixoto: “ Adeus,Campos,adeus eu vou deixar-te/ deixo tudo que amei tudo que amo / eu vou ao Paraguai / vou levar o meu abraço e o meu socorro e com eles vingarei injúrias tantas / ou senão pela Pátria alegre morro”...
      É a Guerra do Paraguai, que atormentando o Brasil inteiro faz com que Campos envie para a frente de batalha os seus destemidos voluntários .
     Finalmente, depois das palavras dos abraços das lágrimas embarcam os primeiros voluntários no vapor “Galgo” rumo a frente de guerra.
    No ano de 1865  aos 9 dias do mês de fevereiro está na hora de novo embarque de voluntários .
     O ilustre e corajoso campista Manoel Theodoro de Almeida Batista ,assim como seus companheiros criam forças que o farão lutar sem temor  e se preciso for, até a morte seriam eles capazes, para salvar o Brasil e provar a bravura dos Campistas .
     O filho do Comendador Bento Benedicto de Almeida Batista lutou com arrojo e soube honrar o nome da Família e da terra em que nasceu. Infelizmente a tirania de Solano Lopez  fez tombar  como herói o bravo Manoel Theodoro de Almeida Baptista em 24 de Maio de 1865.Entretanto ,não morreu naquele instante.Socorrido por seus companheiros ainda ,chegou a ser levado para a Capital da Argentina .
      Depois de muito sofrimento faleceu em Buenos Aires em primeiro de julho de 1866, sendo notícia do Jornal o Paiz,que publicou o seguinte comentário : “ Honrou com a sua morte e nobre feito do patriotismo que o impelira a trocar os cômodos da vida pelas asperezas e perigos da campanha . Uma oblação à morte do bravo companheiro de berço e seja lenitivo para justificar a dor de sua família e a certeza de que no túmulo prematuro do jovem soldado,grava-se o glorioso epitáfio se quem morreu pela santa causa da Pátria e da civilização “.
     Feito o traslado do corpo para o Brasil foi rezada uma missa em sua intenção na Igreja de Nossa Senhora do Carmo e  na ocasião o Doutor Francisco Portela,pronunciou comovido as seguintes palavras : “Senhores ! Lá nas plagas longínquas  do Prata ,morreu para nós um bravo: O capitão Manoel Theodoro de Almeida Baptista!
Era digno filho de Campos,um dos valentes patriotas que conquistaram para o Voluntário da Pátria o título de herói.”


E arremata o historiador Waldir Carvalho: “Valeu a pena apesar do triste fim. O seu esforço não foi em vão. Mesmo hoje, mais de um século decorrido aqui estamos exaltando os seus feitos na obra: GENTE QUE É NOME DE RUA ,fazendo dos seus atos uma lição para a geração de nossos dias e das eras que virão !”


 Rua MANOEL THEODORO -  Início: Av. Pelinca/ Término: Av. 28 de Março
                                                       


Nenhum comentário:

Postar um comentário