quarta-feira, 25 de maio de 2016

CAMPISTA INVENTA NOVO ESPORTE (1945)


(Imagem Ilustrativa)


Do livro: "CAMPOS DEPOIS DO CENTENÁRIO" - Vol. 1

(Waldir Carvalho)

CAMPISTA INVENTA NOVO ESPORTE

  1945 - Na segunda quinzena de fevereiro, viera do Rio, onde jogava futebol em grandes clubes, Zaqueu Ferreira da Silva, com a finalidade de lançar em sua terra natal, o "Kick-Goal", um esporte de sua invenção e que viria a enriquecer Campos. Suas palavras: "Campos enriquecerá a vida esportiva brasileira. Eu inventei o "Kick-Goal" que, pela sua beleza e originalidade, conquistará a platéia esportistas".

   E exibindo um folheto continuou: "Eu estudei a realização desse esporte durante cinco anos. Coloquei em prática na Pedra de Guaratinguetá. Não quis explorá-lo porque sou campista e quero que surja em Campos o "Kick-Goal". E disse mais, Zaqueu: "Apenas difere do futebol porque é jogado com a mão e a marcação dos tentos obedece a um sistema difícil. O segredo reside na área que mata as jogadas. Sua dimensão é 2 x 4 metros. Quem entrar nela estará fora de jogo. A bola, também, não pode tocar aquele setor. Para a conquista dos tentos é necessário que a bola, fira o terreno num só "kick" e ganhe a rede defendida por um "keeper". A equipe constará de 10 jogadores e só é permitido o uso da cabeçada. Contando com a colaboração de Carino Quitete, Zaqueu pôde fazer uma demonstração com a equipe do Rio Branco.
   Em termos de invenção, não se teve mais notícias do sucesso ou fracasso de Zaqueu Ferreira da Silva.

sexta-feira, 20 de maio de 2016

A ERA DOS BONDES(1943)






Do livro: "CAMPOS DEPOIS DO CENTENÁRIO" - Vol. 1
(Waldir Carvalho)

BONDE DO MATADOURO

 "No dia 14 de maio de 1943, por pouco não há uma tragédia nesta cidade. Um bonde repleto de passageiros, procedente de do bairro Matadouro, descarrilou na Beira-Rio e só não se precipitou no Paraíba porque encontrou como forte obstáculo, uma árvore de tronco forte."

terça-feira, 17 de maio de 2016

AUTOR E ATORES DOS PROGRAMAS DE RÁDIO


                                                                           O autor                      
           


                                Do livro: "Campos depois do Centenário" - volume II

                                                               (Waldir Carvalho)

                                                      O CRIADOR E AS CRIATURAS

         No referido livro às páginas:39, 40, 41, 42 e 43 o autor relata seus passos importantes  na carreira profissional de RADIALISTA.  
         Agradece e apresenta "os rádio atores, locutores, cantores, sonoplastas que viveram ao microfone da RÁDIO CULTURA DE CAMPOS os muitos personagens de suas  criações em novelas, rádio-teatro, sketcs humorísticas, novelas históricas...

sexta-feira, 13 de maio de 2016

O ESCRAVO CIRURGIÃO( 13 de maio de 1988)



     Radionovela de Waldir Carvalho, que em 1988 (ano do centenário do célebre "13 de maio")  o  autor transportou o conteúdo para um livro. 
     Nele é narrada  a história de um escravo que estudou para se tornar um cirurgião e curar seus companheiros de senzala, por influência de um padre Jesuíta.
Inspirada em fatos reais  e adicionada com boa dose de fantasia e dramática narrativa recheada de fortes diálogos,a história se desenvolve.
     A trama se passa nos arredores do Solar do Colégio (onde hoje funciona o Arquivo Público Municipal que leva o nome do escritor) e inicia-se assim: "A voragem do tempo,causadora de tantas destruições, não conseguiu demolir as paredes da Igreja e do Colégio.
     O primeiro traço de civilização dos Campos dos Goitacás,continua vivo aos olhos dos que passam pelas cercanias da legendária fazenda, cenário de tantas histórias incomuns.
     Ali está, como que por encanto,isento de ruínas, o velho casarão erguido pelas mãos de escravos, sob os planos dos Jesuítas,onde veio a ser ministrado, antes de mais nada, o ensino cristão aos filhos da terra, em grande parte,mamelucos. Ali,se projetou a primitiva luz do saber no solo campista.  
     Quem desconhece a história do povo da planície goitacá e divisa, à distância,aquele campanário se elevando do verde oceano de canaviais,há de sentir o desejo de inquirir a respeito de todos os fatos vividos na Fazenda do Colégio..."

Solar do Colégio

     ...E dá início a narrativa do livro "O Escravo Cirurgião".

terça-feira, 10 de maio de 2016

ASSOCIAÇÃO REGIONAL DE TEATRO AMADOR(1965)


                                    Do livro: " Campos Depois de Centenário"- volume II
                                                            (Waldir Carvalho)

sexta-feira, 6 de maio de 2016

PRAÇA DE SÃO SALVADOR (1943)

Do livro "Campos depois do Centenário" - Vol. 1
(Waldir Carvalho)

1943!

     “Nesse ano, o dinâmico prefeito do município de Campos e amigo da cidade, fez substituir o poeirento saibro da Praça do Santíssimo Salvador, pela beleza ornamental das “pedrinhas portuguesas”. É bom lembrar que já por ocasião das grandes festas do Centenário da cidade, quando tudo estava sendo realizado no sentido de mudar para melhor o aspecto desta comunidade, as “pedras portuguesas” só se tornavam inviáveis porque o orçamento apresentado pelos responsáveis pela sua colocação, no valor de 35 conto de reis era bastante elevado para a Municipalidade. 
     Mas, em 1943, oito anos mais tarde, o prefeito Dr. Salo Brand que planejou e executou grande parte do “Parque Alberto Sampaio” levou a efeito a necessária remodelação da praça São Salvador, revestido-a com o “Mosaico Português”. A obra foi executada com o cuidado necessário de deixar preservadas três grandes arvores ali existentes –pau ferro- que só vieram a ser retiradas muitos anos mais tardes. Uma firma construtora do Rio de Janeiro, a mesma que fizera o calçadão de Copacabana, foi a encarregada da pavimentação da praça principal da cidade. Sobre o custo da obra, podemos dizer que as pedrinhas,foram colocadas a 50 cruzeiros -antigos- o metro quadrado, num total de Cr$ 210.353,90 (duzentos e dez mil trezentos e cinqüenta e três cruzeiros e novamente centavos), antigos. Finalmente, podemos informar com segurança que a PEDRA PRETA veio do município de Niterói e a PEDRA BRANCA, procedeu de Sete Lagoas, Estado de Minas Gerais .” 

quarta-feira, 4 de maio de 2016

VISITA A MÁRIO QUINTANA(1989)

                           

                     


                                   VISITA A MÁRIO QUINTANA
                                                                      Waldir Carvalho
            (Crônica escrita e publicada na FOLHA DA MANHÃ em 01de outubro de 1989)
     
    “Nosso sonho era antigo. Finalmente chegou a hora.Escolhemos os dias que assinalam o auge da Primavera.
       Deixamos a terra de Azevedo Cruz, nossa Campos dos Goytacazes,em direção a Porto Alegre,onde o saber costuma jorrar em forma da mais bela poesia, a poesia do criador de “Canções”, “Sapato Florido”,”Baú de Espantos”...E o endereço? “A Rua dos Cataventos”. Quem nos guiaria? “O Aprendiz de Feiticeiro”...
        Fomos. Eu e meus queridos familiares(outro dia falarei das cidades em forma de jardins floridos e dos granitos multicoloridos, que servem de piso às ruas de Porto Alegre)
        Desta feita, tenho pressa em relatar o encontro emocionante com o grande poeta e homem de letras  brasileiro,MÁRIO QUINTANA, que como um deus grego,escolheu o extremo sul deste país para surgir e dele fazer o seu Olimpo.
       As portas do seu refúgio no oitavo andar do Hotel Residencial foram abertas.
       A seguir, como reflexo de um “Espelho Mágico” a deixar transparecer a própria “Cor do Invisível”  ali estava o quadro:a sala-biblioteca,ornada de livros e no centro, de mãos apertadas,eu e Mário Quintana...
      Na face do octogenário, a mais terna simplicidade de um sorriso acolhedor.
    Sempre alegre ,ao nos despedirmos  no fim da tarde tomou um exemplar: A COR DO INVISÍVEL(foto)  e fez dedicatória.
          Ofereci-lhe o meu “ Escravo Cirurgião”, a guisa de passatempo.
      Surpreendeu - se  com o leitor que o visitava.E quando soube tratar-se de algo que fora apresentado no rádio,deleitou-se em recordar de seus primórdios na radiofonia.E quando do aperto de mão, final, Mário Quintana,apontando um ferimento ocasional no braço (o braço esquerdo do poeta achava-se preso à uma tipoia) fez questão de dizer: ‘- Quero que leve a impressão de ter conhecido,não um poeta de pé quebrado mas de mão quebrada’...”

Feliz e memorável encontro!