quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

31 de DEZEMBRO...HÁ 7 ANOS FALECIA WALDIR CARVALHO


                                      
                                                  GENTE COM O NOME NA HISTÓRIA
        
      Waldir Carvalho, autor de "GENTE QUE É NOME DE RUA" partiu junto com o ano de 2007, mas deixou um rico acervo e textos que nuca chegou a publicar.
 Matéria da jornalista Patrícia Bueno no MAIS CULTURA/MONITOR CAMPISTA (03 de janeiro de 2008).
  (Extraio fragmentos)
     “Da quietude da varanda, ouve-se o canto das ondas lá no mar, o ambiente é de paz em nossa volta. Há um pouco de tristeza sem motivo a nos invadir o pensamento...”. O parágrafo, pinçado do texto ‘Lua cheia em São Tomé’, escrito em 3 de fevereiro de 1970 por Waldir Pinto de Carvalho, parece traduzir o momento atual, embora dessa vez a tristeza não seja algo “sem motivo”.
  Waldir que, entre outros títulos, era historiador, radialista, poeta, teatrólogo, acadêmico e primeiro radionovelista de Campos, faleceu no dia 31 de dezembro do ano passado, mas sua obra não chegou ao último capítulo.
  No primeiro dia de 2008, na varanda da  casa da família, na amada praia do Farol, a filha do escritor, Walnize Carvalho, abre, com os olhos cheios de lágrimas o baú com algumas preciosidades do pai e desenterra tesouros.
São recortes amarelados, anotações com esferográfica em pequenos pedaços de papel, alguns extraídos de agendas, "historinhas para as bisnetas", diálogos, personagens, dedicatórias, frases escritas a lápis, enfim, ideias, muitas ideias. Tudo cuidadosamente catalogado.
(...)
  Os recortes aos quais o MONITOR teve acesso, atestam que, mesmo com a saúde debilitada, ele era uma usina de idéias. E ai da memória se o traísse...
  E arremata a jornalista: “Em seu último livro, a última frase: “...E, como somos todos uma obra inacabada, quem sabe ainda registrarei oportunamente mais memórias...”.
  Waldir Carvalho vai deixar saudades e, merecidamente, virar nome de Rua”.

terça-feira, 23 de dezembro de 2014

MANSIDÃO DE PÁSSAROS

Mansidão de pássaros
                        Waldir Carvalho
Manhã
Canto de pássaros lá fora.
Canto feliz!

Como naquelas manhãs:
Nada muda,
Tudo fala,
A mesma coisa,
No mesmo tom de alegria,
E a felicidade, por bondade ,
Está presente.

Que bom morrer como  um passarinho !
Na pausa de uma cantoria,
No auge de uma louvação de amor!

A humana criatura é tão rica
E tão pobre:
Tem tudo para fazer tudo,
Sem ser tudo,
Não vai além do quase nada,
Nesse nada que é tudo,

Busca lá fora,
O sorriso, a canção, a ternura ,
O amor, a paz, a igualdade,
Busca, enfim ,
A felicidade .

Não vê cá dentro ,
No que tem de profundo ,
A própria essência do mundo ;
Não sente
nos reais poderes seus ,
A presença feliz ,
E redentora  de Deus!

Os pássaros não mudam.
Só o homem quer mais
Anseia e se perde na sua ambição; 
Tantas são as graças que recebe
Poucas são as oferendas que faz

Cansado do planeta,
Que viver noutros  planos,
Nas alturas;
Não eleva o pensamento:
Faz-se aeronauta, astronauta ,
Faz-se cosmonauta,
Faz  loucuras!

Os passarinhos,
Ricos de alegria, de paz, de amor,
De ternura, vive no igual;
Não inventam,
Não lamentam,
Brincam de pique no espaço sideral.

Pela ausência do mal,
Pela presença do bem,
Vale muito a pena,cantar também.

OBS.: Como responsável pelo Blog  escolhi este poema escrito por Waldir Cavalho como reflexão  para o NATAL que se aproxima.
Walnize Carvalho

  

sábado, 20 de dezembro de 2014

O AUTOR E SUAS CITAÇÕES

                           
                     Algumas  extraídas do livro:"Se Não Me Trai A Memória" (2003)
                                                         (Waldir Carvalho)

 "O livro é o mestre que corrige sem nos constranger".

"O saber é como o Amor: uma riqueza que não faz pobre quem o transmite".

"Prefiro ser amado a ser respeitado".

"Atribuo o fechamento das usinas campistas o fato de não terem deixado seguidores e ,sim herdeiros".

" Dois fatores movem muitos na direção do Poder: o atrevimento e a alta cota de vaidade".

" Na Academia ,os temas preferidos   são: o falso elogio e a crítica impiedosa".

"Há religiosos que pregam e vivem uma piedade teatral"

"Sou bom bom: Tenho bom senso e bom gosto."

"Não acho graça chamar uma  donzela de "chuchu".É muito aguado"Como não acho a expressão "-Que abacaxi" coisa ruim,pois é uma fruta doce"...


quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

A ERA DOS BONDES(1943)



Do livro: "CAMPOS DEPOIS DO CENTENÁRIO" - Vol. 1
(Waldir Carvalho)

BONDE DO MATADOURO



   No dia 14 de maio de 1943, por pouco não há uma tragédia nesta cidade. Um bonde repleto de passageiros, procedente de do bairro Matadouro, descarrilou na Beira-Rio e só não se precipitou no Paraíba porque encontrou como forte obstáculo, uma árvore de tronco forte.

domingo, 14 de dezembro de 2014

NATAL DE 1965

Do livro: “CAMPOS DEPOIS DO CENTENÁRIO” – Volume II
(Waldir Carvalho )
          

PREFEITURA SORTEOU CARRO

   "22 de dezembro de 1965. A Prefeitura lutava por receber o máximo dos impostos.
   Com o apoio do Prefeito e do Secretário instituiu através do Departamento de Pavimentação e Conserva, perante os contribuintes que pagavam em dia seus débitos o sorteio de um carro zero quilômetro.


   Com os cupons entregues no ato da quitação  o sorteio foi feito na data acima citada."

quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

EVA EM CAMPOS (1947)

                                             
                                                     
                                                      EVA EM CAMPOS (1947)
                       Do livro:  “CAMPOS DEPOIS DO CENTENÁRIO” –volume I
                                                       (Waldir Carvalho)

       Na noite de 27 de dezembro de 1947 faziam estréia no Teatro Trianon, EVA E SEUS ARTISTAS.
     Tratava-se da atriz Eva Tudor com a comédia em três atos de Bernard Shaw  : “ CÂNDIDA”.
     Os atores que faziam parte do espetáculo teatral:André Villon, Elza Gomes,Armando Braga, Afonso Stuart e Artur Costa Filho.

     O sucesso da temporada foi absoluto.

sábado, 6 de dezembro de 2014

BANCO DAS CISMAS(1957)

                                          (Primeiro programa radiofonizado na Rádio Cultura de Campos da série: "Banco das Cismas" )
                                                                         Waldir Carvalho


                                                       BANCO DAS CISMAS
                Encontro na biblioteca deixada por Waldir Carvalho  uma raridade;   “ O Ciclo Áureo”(História do 1º Centenário  da Cidade de Campos -1835-1935) do historiador Horácio de Sousa.
            Creio que baseado na descrição  do historiador em que se lê: “(...) na margem do Parahiba entre a esquina da R. Direita e a Praça havia dois sobrados.Eram resquícios de edificações e existia uma boa saliência em concreto formavam um banco :uma amurada onde os nossos bardos,jovens  e rapazes estudantes e cultores das lettras costumavam ali se reunir para cavaquearem acerca de litteraturas e que os mesmos baptizaram com BANCO DAS CISMAS.

       E mais... Afirma-se que nele : “AZEVEDO CRUZ sentiu a Lyra de sua alma tanger com suavidades as notas emotivas da sublime AMANTIA VERBA”.Sendo assim - reafirmo-  serviu de inspiração para  Waldir Carvalho criasse  no Rádio( a partir de 09/01/1957) o programa :O “Banco das Cismas”(gênero:músico literário) onde atores  desempenhavam o papel de :Manoel Moll,Azevedo Cruz,Theophilo Guimarães,Múcio da Paixão,José do Patrocínio entre outros...

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

O HUMORISMO DE SILVIO FONTOURA

                                         Do livro:"Crônicas de minha terra"
                                                   (Waldir Carvalho)