terça-feira, 31 de dezembro de 2013

31 DE DEZEMBRO: 6 ANOS DA MORTE DO ESCRITOR


                                      
                                                  GENTE COM O NOME NA HISTÓRIA
        
      Waldir Carvalho, autor de "GENTE QUE É NOME DE RUA" partiu junto com o ano de 2007, mas deixou um rico acervo e textos que nuca chegou a publicar.
 Matéria da jornalista Patrícia Bueno no MAIS CULTURA/MONITOR CAMPISTA (03 de janeiro de 2008).
  (Extraio fragmentos)
     “Da quietude da varanda, ouve-se o canto das ondas lá no mar, o ambiente é de paz em nossa volta. Há um pouco de tristeza sem motivo a nos invadir o pensamento...”. O parágrafo, pinçado do texto ‘Lua cheia em São Tomé’, escrito em 3 de fevereiro de 1970 por Waldir Pinto de Carvalho, parece traduzir o momento atual, embora dessa vez a tristeza não seja algo “sem motivo”.
  Waldir que, entre outros títulos, era historiador, radialista, poeta, teatrólogo, acadêmico e primeiro radionovelista de Campos, faleceu no dia 31 de dezembro do ano passado, mas sua obra não chegou ao último capítulo.
  No primeiro dia de 2008, na varanda da  casa da família, na amada praia do Farol, a filha do escritor, Walnize Carvalho, abre, com os olhos cheios de lágrimas o baú com algumas preciosidades do pai e desenterra tesouros.
São recortes amarelados, anotações com esferográfica em pequenos pedaços de papel, alguns extraídos de agendas, "historinhas para as bisnetas", diálogos, personagens, dedicatórias, frases escritas a lápis, enfim, ideias, muitas ideias. Tudo cuidadosamente catalogado.
(...)
  Os recortes aos quais o MONITOR teve acesso, atestam que, mesmo com a saúde debilitada, ele era uma usina de idéias. E ai da memória se o traísse...
  E arremata a jornalista: “Em seu último livro, a última frase: “...E, como somos todos uma obra inacabada, quem sabe ainda registrarei oportunamente mais memórias...”.
  Waldir Carvalho vai deixar saudades e, merecidamente, virar nome de Rua”.

domingo, 29 de dezembro de 2013

CRÔNICA DE VERÃO



CRÔNICA DE VERÃO

(Waldir Cavalho)


   “A folhinha açoitada pelo nordeste, assinalava 21 de janeiro de 1933. Com os meus dez anos incompletos e a minha calça curta de suspensórios, cavalguei pajeado pelo bom Antônio, durante horas infindas por toda a imensidão dos campos da Boa Vista, deixando para trás: Santo Amaro, Andreza e Cotia.
   O vetusto solar que havia abrigado o general Pinheiro Machado e que se constituía no “sobrado” dos Irmãos Saldanha, foi o primeiro motivo de admiração para meu espírito de criança.
Penosa a caminhada, mas a busca do desconhecido, dava -me ânimo para prosseguir.
   A emoção me trancava a garganta. Meus olhos, tais quais pernas de compasso passeavam do Xexé ao Algodoeiro...
   Eis que surge... o Farol! São Tomé à vista! Era preciso ver pra crer...
   Mais adiante, o ponto alto do espetáculo: o mar. Indescritível o que senti naquele momento. A vastidão oceânica tinha um aspecto fantástico. O belo (a cortina que se abria)  e o horrendo (o ronco, como um trovão, que se elevava de suas águas revoltas) se mesclavam: a ondulação iniciada ao longe ia se avolumando ao se aproximar da terra firme formando uma curiosa cordilheira, para em seguida derramar-se -  violentamente -sobre indefesos crustáceos, e culminar beijando a areia carinhosamente.

   Há dois palmos acima das ondas, um pássaro malabarista, preparava-se para fisgar um peixe..." 

sábado, 28 de dezembro de 2013

CARIVALDINO PINTO MARTINS

(Foto ilustrativa)

Do livro: "CAMPOS DEPOIS DO CENTENÁRIO" - Vol. 1

CARIVALDINO PINTO MARTINS

   A 17 de julho de 1941, em virtude de sua aposentadoria, o Sr. Carivaldino Pinto Martins, antigo secretário do Liceu, era homenageado por alunos e professores daquele educandário. Falaram durante a festa, representando os ex-alunos do Liceu de Humanidades, José Honório de Almeida e os professores José Landim e Gastão Graça.


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sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Em tempo de férias

     

           Frequentador de longos anos da Praia de São Tomé o escritor Waldir Carvalho aproveitava as horas de lazer e as ocupava também com a escrita.
           Escreveu livros artesanais baseados em fatos do cotidiano inspirados em bate papos ,ora com moradores ora com amigos de longa data em tardes memoráveis de  verão.
          Dentre eles: "A Tribuna Livre", "O Caranguejo","Farol Feira","Fatos e Datas da História do Balneário de São Tomé", "Entre...Vistas"...
            Extraio em um deles o tópico:
          "O Farol de São Tomé foi inaugurado no dia 29 de junho de 1882,data natalícia da Princesa Isabel.
Ao ato festivo do seu Centenário compareceram autoridades da Marinha e o Prefeito Dr.Wilson Paes."

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

NATAL DE 1965



Do livro: "CAMPOS DEPOIS DO CENTENÁRIO" – Volume II
(Waldir Carvalho)

NATAL DE 1965

   “25 de dezembro. Data especial também para os campistas.
  Coube ao "Orfeão Juca Chagas", do Liceu de Humanidades de Campos oferecer uma excelente apresentação  durante a Missa de Natal, celebrada com pompa na Basílica Menor do SS. Salvador.
   Seus componentes inauguravam as suas camisas vermelhas.
   Na regência estava a maestrina Alcídia Peres Pia.
   Nem a chuva, que caiu conseguiu empanar o brilho e o sentimentalismo de uma noite inesquecível.”




domingo, 22 de dezembro de 2013

A LIRA CONSPIRADORA E SUA SEDE PRÓPRIA (1938)

                   

Do livro:  "CAMPOS DEPOIS DO CENTENÁRIO" - Volume I
(Waldir Carvalho)

LIRA CONSPIRADORA

  “Somente após 56 anos de existência A LIRA CONSPIRADORA pôde  ver condignamente  inaugurada a sua  tão sonhada sede própria no nº 37 da Avenida XV de Novembro.
  Uma indagação é natural: Por que esse nome “Lira Conspiradora”?
  A corporação foi formada por um grupo de músicos, que havia  se desagregado de outra banda da cidade, a antiga BANDA NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO.
  Insatisfeitos por motivos que só eles podiam avaliar, tais músicos ao deixarem a velha corporação tiverem em mente formar uma nova sociedade musical. Tal dissidência foi então chamada de “conspiração”...
  A exemplo do que acontecia em outras bandas musicais da cidade, a entidade era formada - em sua grande maioria – de artesãos das mais diferentes categorias.
  O excelente  maestro exercia (durante os dias da semana) a função de pedreiro...
  O importante é que essa reunião de homens possa fazer da arte musical, a sua razão sublime de viver.

  LIRA CONSPIRADORA -  Patrimônio de Campos” 


                                                             

sábado, 21 de dezembro de 2013

PREFEITURA SORTEOU CARRO (1965)


Do livro: “CAMPOS DEPOIS DO CENTENÁRIO” – Volume II
(Waldir Carvalho )
          

PREFEITURA SORTEOU CARRO

   "22 de dezembro de 1965. A Prefeitura lutava por receber o máximo dos impostos.
   Com o apoio do Prefeito e do Secretário instituiu através do Departamento de Pavimentação e Conserva, perante os contribuintes que pagavam em dia seus débitos o sorteio de um carro zero quilômetro.
   Com os cupons entregues no ato da quitação  o sorteio foi feito na data acima citada."

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

CAMPISTA INVENTA NOVO ESPORTE (1945)


(Imagem Ilustrativa)


Do livro: "CAMPOS DEPOIS DO CENTENÁRIO" - Vol. 1
(Waldir Carvalho)


CAMPISTA INVENTA NOVO ESPORTE


    1945 - Na segunda quinzena de fevereiro, viera do Rio, onde jogava futebol em grandes clubes, Zaqueu Ferreira da Silva, com a finalidade de lançar em sua terra natal, o "Kick-Goal", um esporte de sua invenção e que viria a enriquecer Campos. Suas palavras: "Campos enriquecerá a vida esportiva brasileira. Eu inventei o "Kick-Goal" que, pela sua beleza e originalidade, conquistará a platéia esportistas".
   E exibindo um folheto continuou: "Eu estudei a realização desse esporte durante cinco anos. Coloquei em prática na Pedra de Guaratinguetá. Não quis explorá-lo porque sou campista e quero que surja em Campos o "Kick-Goal". E disse mais, Zaqueu: "Apenas difere do futebol porque é jogado com a mão e a marcação dos tentos obedece a um sistema difícil. O segredo reside na área que mata as jogadas. Sua dimensão é 2 x 4 metros. Quem entrar nela estará fora de jogo. A bola, também, não pode tocar aquele setor. Para a conquista dos tentos é necessário que a bola, fira o terreno num só "kick" e ganhe a rede defendida por um "keeper". A equipe constará de 10 jogadores e só é permitido o uso da cabeçada. Contando com a colaboração de Carino Quitete, Zaqueu pôde fazer uma demonstração com a equipe do Rio Branco.

   Em termos de invenção, não se teve mais notícias do sucesso ou fracasso de Zaqueu Ferreira da Silva.

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quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

BONDE NO MATADOURO (1943)

Do livro: "CAMPOS DEPOIS DO CENTENÁRIO" - Vol. 1
(Waldir Carvalho)

BONDE DO MATADOURO


   No dia 14 de maio de 1943, por pouco não há uma tragédia nesta cidade. Um bonde repleto de passageiros, procedente de do bairro Matadouro, descarrilou na Beira-Rio e só não se precipitou no Paraíba porque encontrou como forte obstáculo, uma árvore de tronco forte.


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quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

FANTASMAS NA CIDADE (1947)



Do livro: "CAMPOS DEPOIS DO CENTENÁRIO" - Vol. 1
(Waldir Carvalho)


FANTASMAS NA CIDADE


     O dia, 26 de fevereiro. O ano, 1947. Passadas as notícias sobre "fantasmas" que agiam na esquina de Alberto Torres com Voluntários da Pátria, numa garagem na esquina de Marechal Floriano e Sete de Setembro, e numa casa da Barão do Amazonas, surgia um, na Tenente Coronel Cardoso (trecho entre B. Cotegipe e Andradas) que atirava pedras e latas nos transeuntes. Entre as suas vítimas, o Sr. Newton Morisson e um soldado do Corpo de Bombeiros que recebeu uma pedrada quando ali esteve com a guarnição. Da vistoria feita no forro da casa, de cujo telhado vinham os artefatos, apenas foram encontrados, velas e uma frase num pedaço de papelão: "Amanhã tem mais...".

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terça-feira, 17 de dezembro de 2013

CAMPOS NO CINEMA (1948)


Do livro:  “CAMPOS DEPOIS DO CENTENÁRIO” – Volume I
(Waldir Carvalho)

Cia Usina do Outeiro

   “Começava no dia primeiro de agosto de 1948 a rodar nos cinemas da cidade e nas casas do gênero em todo o país, um Complemento Cinematográfico feito em Campos.
   Era um trabalho da melhor propaganda realizado pela Agência Nacional, com um pouco de colaboração monetária da Prefeitura.
   O trabalho com duração de 18 minutos, além de aspectos urbanos, tomava como base para mostra da nossa agroindústria açucareira, o ambiente da Usina de Outeiro.”

domingo, 15 de dezembro de 2013

NO DOMINGO...

Do livro: "SE NÃO ME TRAI A MEMÓRIA"

Algumas frases memoráveis de Waldir Carvalho

   "O Livro é o Mestre que nos corrige sem nos constranger".

 "Você não pode impedir que as aves da preocupação e do desânimo voem acima de sua cabeça.Pode, porém, impedi- las de fazer ninho em seus cabelos".

  "Atribuo o fechamento das usinas campistas, o fato de não terem deixado seguidores e, sim herdeiros".

   "A vida e obra  de muitos brasileiros têm projetado o nome do nosso país além fronteiras".

   "O que move muita gente em direção ao poder são o atrevimento e a alta cota de vaidade".

   "O saber, como o Amor, é riqueza que não faz pobre quem transmite".

   "Prefiro ser amado a ser respeitado".



quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

JOSÉ CÂNDIDO DE CARVALHO LANÇA SEU PRIMEIRO LIVRO (1939)



José Cândido de Carvalho

Do livro:  “CAMPOS DEPOIS DO CENTENÁRIO” –volume I
(Waldir Carvalho)

   “Em 1939 é lançado “OLHA PARA O CÉU, FREDERICO!” -  o primeiro livro escrito pelo escritor José Cândido de Carvalho.
   Consta que em suas horas de folga do trabalho (escrevia no jornal “FOLHA DO COMÉRCIO”) sentava-se em um dos bancos da praça São Salvador, quando em um dos dias teve o ensejo de, voltando os olhos para o firmamento junto ao Paraíba, ver tanta beleza, que dirigindo-se a um amigo (possivelmente imaginário) soltou uma expressão, que valeu como título do livro: ”Olha para o céu, Frederico!”




quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

PROFESSORA GANHA BUSTO (1965)

(foto ilustrativa)

Do livro: “CAMPOS DEPOIS DO CENTENÁRIO” – volume II
 (Waldir Carvalho)

   "O evento data de 4 de julho de 1965.
  No jardim da praça pública do Distrito de Tocos, na Baixada, era inaugurado o Busto da Professora Municipal, Maria Isabel Gomes dos Santos, como homenagem daquela população à exemplar mestra ao se aposentar após 50 anos de atividades.
   A solenidade contou com a presença do prefeito do município e da Lira Guarani.
    Houve até bolo de aniversário"

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

DESTILARIA CENTRAL (MARTINS LAGE) (1938)

DESTILARIA MARTINS LAGE OU JACQUES RICHER

Do livro:  “CAMPOS DEPOIS DO CENTENÁRIO” – Volume I
(Waldir Carvalho)

    “No dia 19 de agosto de 1938, na localidade de Martins Lage, era inaugurada a DESTILARIA CENTRAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, mais tarde conhecida pelo nome de DESTILARIA MARTINS LAGE OU JACQUES RICHER.
  Ao ato festivo, compareceu, entre muitas outras autoridades civis e militares, Sua Excia. o Presidente da República DR. Getúlio Vargas.
   Sua capacidade: produção de 60 litros de álcool anidro em 24 horas, dando ainda 4 mil litros de aldeídos e 1.000 litros de óleo fúsel.
  De acordo com a riqueza do melaço, a fabricação de tais produtos exigia mais ou menos 200 toneladas diárias de matéria, ou então, de 1.800 a 2.000 sacas de açúcar.
   A Destilaria não foi projetada e nem equipada para trabalhar com açúcar, mas apesar disto
determinou o Governo Vargas, que o fizesse para colaborar com a classe açucareira, sem nenhuma despesa, dissolvendo tal material nos tanques de diluição do melaço, numa média de 800 sacas por dia.”





domingo, 8 de dezembro de 2013

UMA CRÔNICA NO DOMINGO


AMANHÃ
(CRÔNICA DE WALDIR CARVALHO)

Do livro: "SÓ, NA MULTIDÃO"
(1984)

   “Um dia a vida da gente se torna um lago sereno a refletir o multicolorido das flores e o movimento silencioso das nuvens. Mais do que isso. Traduz-se numa canção permanente de pássaros felizes externando uma alegria que não conseguem deter. É tudo paz. Paz de causar inveja. Paz de cartões  de Natal. Duradoura. Eterna... Quem disse?
   De repente, tudo muda. O ar se enchendo do aroma que exalam as masmorras, as aves passam inquietas e o vento do pior vendaval a tudo açoita impiedosamente.
  As portas e as janelas da nossa existência são insuficientes para impedir todo um furioso temporal de intrigas, infâmias e injustiças.
  Somos arrastados sem saber como e porque, mergulhados num oceano de incompreensões, tragados pelas ondas da incerteza.
   Mas, esse mesmo vento que tudo arrasa,que tudo carrega, acaba por arrancar a página de um inspirado livro e colocá-la casualmente (se é que o acaso existe) em nossas mãos. Nela os nossos olhos vão descobriras palavras do sábio: “Assim como o camelo suporta o trabalho, o calor, a fome e a sede pelos arenosos desertos sem desmaiar, do mesmo modo a fortaleza de um homem deve acompanhá-lo em todos os momentos de perigo”.
  É intuitiva a mensagem de quem com persistência soube colher da vida as melhores experiências. A lição é válida.
   Amanhã é sempre um outro dia. Um outro  dia não deixa de ser uma risonha promessa de esperança. E a esperança jamais deixou de constituir a mais sábia das opções.
   Saibamos esperar. Nada nos atina que o melhor não virá. Tudo indica que o próprio mal é passageiro.
   Não espera a bonança que passem as longas horas da tempestade? Não espera a aurora de um radioso dia pelo sol que se oculta por tanto tempo sob o manto negro da noite?
   Saibamos suportar o trabalho, o calor, a sede e  a fome dos interesses contrários estimulados pela força triunfal, que emana da consciência tranquila de todo homem cumpridor do seu dever.
   Nesta vida, tudo passa. Nada fica.Nem a própria vida.”



sábado, 7 de dezembro de 2013

O CASO DOS HIDRÔMETROS (1952)


 Do livro: “CAMPOS DEPOIS DO CENTENÁRIO” – Vol. 2
(Waldir Carvalho)

O CASO DOS HIDRÔMETROS

   “Na manhã do dia 13 de março de 1952, os jornais da cidade informavam que nada menos de 72 proprietários de prédios e possuidores de hidrômetros estiveram em represália ao preço altíssimo cobrado pelo Serviços Industriais do Norte do Estado ( SINE ) .
   Com a água medida pelo hidrômetro, cada proprietário era forçado a pagar a quantia de 300 cruzeiros mensais. Achavam que era mais vantagem o preço fixo com a água correndo à vontade...”




sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

ABRIGO JOÃO VIANA (1947)


Abrigo "João Viana". Sede antiga.

Do livro: "CAMPOS DEPOIS DO CENTENÁRIO" – Vol. 1
(Waldir Carvalho)

   “O Hospital-Abrigo Dr. João Viana foi fundado no dia 5 de setembro de 1947.
   É parte do Departamento  de Assistência Hospitalar da LIGA ESPÍRITA DE CAMPOS.
   O relato sobre o início de funcionamento do ‘João Viana’ a muitos faz lembrar o quadro doloroso de uma época.
  Seus primeiros assistidos (11 doentes mentais)  que, por falta de acomodação própria, achavam-se jogados nas dependências da Cadeia Pública.
  Assim, embora em instalações modestas à Rua Machado de Assis com Antônio Alves Cordeiro,um grupo de pessoas abnegadas, fez nascer ali, A CASA DA CARIDADE, que se transformaria com o passar dos anos e, graças ao esforço de tantos outros, a obra tão necessária e que se orgulha por demais o povo campista.
   Recorda-se que a área ocupada, no início não tinha as dimensões que veio a ter depois. Em virtude da necessidade de ampliação, sucessivas diretorias tiveram que adquirir terrenos vizinhos e, aos poucos, construir o edifício, que ali existe para a prática do Bem.
   O Hospital-Abrigo João Viana, que traz o nome de humanitário médico do passado, tem prestado a Campos e ao Norte Fluminense, inestimáveis serviços.”

               

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

PRIMEIRO SEMÁFORO EM CAMPOS(1949)

(Foto ilustrativa)    

 Do livro: "CAMPOS DEPOIS DO CENTENÁRIO"- Vol. 1
(Waldir Carvalho)

   "Em 25 de janeiro de 1949 era inaugurado em Campos o 1º Sinal Luminoso, para orientar o trânsito.
   O local escolhido foi a Praça Dr. Galvão Batista (Fatia de Queijo) isto é, cruzamento da Av. Alberto Torres com Rua Barão de Miracema.
   Tal melhoramento se deveu ao Dr. Renato Pacheco, Inspetor Geral do Trânsito do Estado do Rio de Janeiro.

   Foi medida acertada, mas não acolhida por certos motoristas."


terça-feira, 3 de dezembro de 2013

ESCOLA PARA PESCADORES (1962)

(Foto ilustrativa)

Do livro: "CAMPOS DEPOIS DO CENTENÁRIO" – Vol. 2
(Waldir Carvalho)

ESCOLA PARA  PESCADORES

   “A 15 de março de 1962, era fundada em  Campos a ‘Escola de pescadores’, uma espécie de clube recreativo, visando reunir os simpatizantes da pesca de linha - por esporte - que atuavam sem grande técnica no Rio Paraíba, lagoas e no mar da praia do Farol de São Tomé.
    Foi fundador, o 1º presidente e técnico, Gerardo Maria Ferraioli (Patesco).                         
   Faziam parte, além do idealizador: Arlindo Aquino, Moisés Grosman, Benedito Marques, José Santana, Amaro Gomes, Ricardo Prazeres, Márcio Vieira, Orbílio Bastos, José Gomes Sanguedo, Claudionor Santos, Amílcar Miranda, Romeu e Edenil Gonçalves.
   Tal equipe venceu nada menos do que 5 Anzóis de Ouro como troféus.

  É interessante dizer, que o produto de tais  pescarias era distribuído entre as  Casas de Caridade.


segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

OSWALDO TAVARES


OSWALDO TAVARES
                                        
 Do livro: "GENTE QUE É NOME DE RUA"- volume II
(Waldir Carvalho)
         
         Reproduzo fragmentos de uma vasta e rica biografia: “Oswaldo Rabello Tavares foi um  homem dos ‘sete instrumentos’.Brilhou como advogado, poeta, ator, musicista,declamador e... exímio jogador de Ioiô.
        Na literatura foi autor de incontáveis poemas e sonetos, bem como do livro: ‘Um giro no espaço’.
      Como advogado, foi um profissional considerado, respeitado e até mesmo temido.
      Como ator interpretava de forma brilhante: ‘As mãos de Eurídice’ e a convite do Dr. Godofredo Tinoco atuou, magistralmente: ’Judas no Tribunal’.
       Ficou conhecido na cidade pela habilidade com o seu ioiô (vindo do Japão).   
       Num concurso realizado no Teatro Trianon, o Dr. Oswaldo tirou o primeiro lugar.

                                    Oswaldo Tavares,sempre inspirado escreveu este soneto
                                                 
                                                    “ Ora, direis, jogar ioiô
          Perdeste o senso! E vos direi, no entanto,
Que, para isso,muita vez desperto
E deixo a turma pálida de espanto!

E vou jogando toda a noite, enquanto
A via láctea, como um pálio aberto,
              cintila. E ao vir o do sol, saudoso em pranto,
torno a jogá-lo, vendo o céu deserto.

Direis agora: - Tresloucado amigo!
Que executa com ele? Que sentido
Tem o que faz quando está contigo?

E  eu vos direi: - Que boa brincadeira,
Pois só quem joga pode ter sentido
O prazer de ser criança a vida inteira.”


RUA OSWALDO TAVARES: Início: Av. Oswaldo C. de Melo

                                                  Término:Rua Tenente Coronel Cardoso

domingo, 1 de dezembro de 2013

POSTES COLORIDOS

Poste na Av. Sete de Setembro com Rua Carlos Lacerda
(Anos 50)


Do livro: "CAMPOS DEPOIS DO CENTENÁRIO" - Vol. 2
(Waldir Carvalho)

POSTES COLORIDOS

   " Ano de 1956 - Uma novidade continha a notícia divulgada a 17 de março.
  Na  Câmara Municipal, o vereador Antonio Martins de Lima, representante da Baixada Campista, apresentou requerimento no sentido de que fossem colocados entre Mussurepe e Baixa Grande, postes de iluminação pública pintados com as cores Vermelho e Preto.
   Um dos seus pares quis saber se era em homenagem ao Tenentes de Plutão ou ao Flamengo.
   Não foi conhecida a explicação. O pedido foi aprovado: nunca a execução...