GENTE COM O NOME
NA HISTÓRIA
Waldir Carvalho, autor de "GENTE QUE É NOME DE RUA" partiu junto com o ano de 2007, mas deixou um rico acervo e textos
que nuca chegou a publicar.
Matéria da jornalista Patrícia Bueno no MAIS
CULTURA/MONITOR CAMPISTA (03 de janeiro de 2008).
(Extraio fragmentos)
“Da quietude da varanda, ouve-se o canto das
ondas lá no mar, o ambiente é de paz em nossa volta. Há um pouco de tristeza
sem motivo a nos invadir o pensamento...”. O parágrafo, pinçado do texto ‘Lua
cheia em São Tomé’, escrito em 3 de fevereiro de 1970 por Waldir Pinto de
Carvalho, parece traduzir o momento atual, embora dessa vez a tristeza não seja
algo “sem motivo”.
Waldir que, entre outros
títulos, era historiador, radialista, poeta, teatrólogo, acadêmico e primeiro radionovelista
de Campos, faleceu no dia 31 de dezembro do ano passado, mas sua obra não
chegou ao último capítulo.
No primeiro dia de 2008, na varanda da casa da família, na
amada praia do Farol, a filha do escritor, Walnize Carvalho, abre, com os olhos
cheios de lágrimas o baú com algumas preciosidades do pai e desenterra
tesouros.
São recortes
amarelados, anotações com esferográfica em pequenos pedaços de papel, alguns
extraídos de agendas, "historinhas para as bisnetas", diálogos, personagens,
dedicatórias, frases escritas a lápis, enfim, ideias, muitas ideias. Tudo
cuidadosamente catalogado.
(...)
Os recortes aos quais o
MONITOR teve acesso, atestam que, mesmo com a saúde debilitada, ele era uma
usina de idéias. E ai da memória se o traísse...
E arremata a
jornalista: “Em seu último livro, a última frase: “...E, como somos todos uma
obra inacabada, quem sabe ainda registrarei oportunamente mais memórias...”.
Waldir Carvalho vai
deixar saudades e, merecidamente, virar nome de Rua”.
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