segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

VOCAÇÃO PARA AS LETRAS



Do livro: "SE NÃO ME TRAI A MEMÓRIA" (2003)
(Waldir Carvalho)


VOCAÇÃO PARA AS LETRAS
    
   “Quando aos sete anos fui para a escola, eu já sabia a célebre Cartilha da Infância, de Galhardo, de cor e salteado.
   Para a leitura corrente havia na parte daquele compêndio elementar, a história do ‘Manuel, um menino de bom comportamento, mas que um dia levado por maus companheiros fez muitas travessuras, etc...”
   Eu, que antes disso já ouvira, encantado, os “Contos da Carochinha” começava a ser despertado para as letras, sacudido para a difícil arte de compor narrativas.
   Mais tarde, o meu tio e mestre José Prisco, ao ser nomeado tabelião do Cartório Civil de Santo Amaro foi substituído no colégio (que ele próprio havia criado) pela professora Etelvina Rocha.
   Foi a mestra que ao final do ano letivo, entendeu de testar a capacidade artística dos alunos organizando “um palco”, onde houve a apresentação de um teatrinho variado, com número de canto e skets.
   Eu não me livrei do teatro de D. Etelvina.
   Parece que, pelo fato de ser muito crescido para a minha idade, teria sido a razão da escolha para o papel de juiz de paz da célebre comédia de Martins Pena intitulada “O Juiz de Paz da Roça”.
   O importante é que, à partir daquele momento, descobri o meu gosto pela Literatura, sobretudo pelos textos feitos para representações.
   Influenciado pela leitura de pequenas e grandes peças comecei a redigir historietas e mais historietas...”


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