quarta-feira, 23 de julho de 2014

SEMANA WALDIR CARVALHO III

  Com a intenção de lembrar do escritor,que no próximo domingo -  se estivesse entre nós -  faria 91anos, que o Blog ( criado para trazer aos antigos e novos leitores  a vida e obra do autor campista ) que como filha e leitora do mesmo irei transcrever trechos do seu livro  biográfico:"Se Não Me trai a Memória":
       

                                                           WALDIR E O RÁDIO
 
     “No final da década de 40, de volta a sede do município, resolvi instalar minha alfaiataria no começo da Av. 28 de março, em frente à R. do Riachuelo.
     Na bagagem além de tesouras, agulhas e réguas, trazia também os meus manuscritos de dramas e comédias.
     Na época, o Rádio era a novidade e a Rádio Cultura, mais conhecida no interior como “Rádio de Campos” -  sob a direção do Dr. Mário Ferraz Sampaio - lutava por manter uma programação ao vivo e dando oportunidade  às vocações artísticas  locais.
     Cumpria bem o seu papel, a pioneira do Estado do Rio.
     Foi quando o locutor Agnaldo Rocha procurou-me na alfaiataria, para um contrato de propaganda. Achei oportuno mostra-lhe meus ‘scripts’ humorísticos.
    O referido locutor não só gostou como passou a interpretá-los em seu programa ‘Hora do Café’.
     Foi desta forma, que o caminho do Rádio me foi aberto.
  Certo dia, Belcy Drumond (outro grande radialista) apareceu, sendo portador do convite de que  eu comparecesse ao escritório da Rádio Cultura, pois Dr. Mário Ferraz Sampaio, queria me conhecer de perto.
   E lá fui eu. O diálogo entre nós foi inesquecível. (na página 84 do livro, se lê na íntegra).
  Aceitei o convite para ingressar na emissora. Produzi quadros humorísticos intercalados aos números musicais. Lembro-me de alguns: ‘Jornal de Ontem’;  ‘A Escola do Catete’; ‘Dr .Mata A. Machado’; ‘ Hotel da Fuzarca’; ‘ O noivado da Esperança’...
      E daí vieram : rádio-teatro, novela históricas e romanceadas...
    Devo ressaltar as rádio - novelas:’A Canção de Ninar’ cujo tema foi sobre uma criança adotada e tudo dentro dos trâmites legais,tudo sobre o figurino judicial.
   ‘A Sentença Divina’ me inspirei no fato daquele momento, em que a igreja conduzida pelo Papa Pio XII, fazia campanha contra o controle de natalidade.Ambas com temas sociais,na esperança de oferecer informação e entretenimento.
     Em outubro de 1953, a cidade festejava o Centenário de José do Patrocínio, ’ O  Tigre da Abolição,então produzi um seriado dramático onde a ficção e a realidade se misturavam.
     O  capítulo final foi ao ar no palco de cortinas abertas no auditório da Rádio Cultura e fez parte da programação oficial comemorativa do Centenário de Patrocínio.

     Além dos programas citados, criei ‘ Nossa Terra,Nossa Gente’ na Rádio Difusora.

Minha passagem pelo Rádio durou uma década (1950/1960) .Foram 10 anos em que tive ‘carta branca’, para escrever.


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