domingo, 29 de setembro de 2013

“SKETS" PARA A RÁDIO CULTURA DE CAMPOS

                                                  Os intérpretes de suas criações literárias.

   Em papéis de seda datilografados pelo autor (já  amarelados pelo tempo) encontrei  alguns (dos tantos) “Skets” radiofônicos tais como: “A Escola do Catete”; "Dr. Mata A.Machado”; “O noivado de D. Esperança”; “ Nogueira , o Avarento” ; "Napoleão, o Valentão”;  “O Galã e sua Fã” ; "Teatro de Bolso”; “Hotel da Fuzarca”; “Conversa de Boulevard”...
   Tanto estes títulos como outros do mesmo porte, correspondiam à programas humorísticos com dias e horários alternados e com situações diferentes que davam graça aos respectivos quadros.
   Reproduzo, então, do "Conversas de Boulevard" várias introduções do referido quadro:

   Começava sempre com a fala exultante de um repórter de rua:

   - "Atenção! Atenção! Estamos na rua...na rua é modo de falar. Nós estamos no Boulevard. Boulevard, testemunha ocular, de riqueza e de miséria; rua do homem em pé, que já não se senta no café e aí faz  pilhéria.
   Boulevard da fofoca, por onde passa a dondoca, causando sensação, espécie de Tribunal,da chata Inquisição"...

   - "Cá estamos na homelândia ou fofocolândia, onde a vida é o prato do dia; onde não se cuida do trabalho e sim de meter o malho, na mais perfeita covardia. Boulevard Paula Carneiro, do operário e do usineiro"...  

- "No Boulevard  onde se pede esmola, o dinheiro rola, no cofre de toda casa bancária; banco do rico banqueiro, do caixa também "banqueiro", mas de boa secretária"...

"Há o cliente apressado ,o bancário mau humorado, sem nenhuma compostura; mas se aparece à sua frente, um cara forte e diferente, a coisa muda de figura"...

-"Na rua a covardia, se defronta com a valentia, do cara que é machão; tipo quente feito brasa, desafora não leva pra casa mais se vale do "Orelhão"...

- "Aqui no meio do povo, há sempre assunto novo e a prosa é muito boa; a gente escuta problema, descobre cada dilema de empregada e patroa"...

Assim seguido aos mais variados começos (exemplifiquei com alguns!) davam início os diálogos da s"Conversas de Boulevard"... 

                                                           *      *      *    

Encontrei, também, a seguinte nota do autor:

"O relativo sucesso feito na época (década de 50) o autor sempre dividiu com os intérpretes, que sempre deram tudo no desempenho dos vários tipos que encarnaram, merecendo as palmas da frequente presença de público de Campos."

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